Mostrar mensagens com a etiqueta ROLAND BARTHES. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta ROLAND BARTHES. Mostrar todas as mensagens

domingo, 14 de fevereiro de 2016

a fotografia “repete mecanicamente o que nunca mais poderá ser repetido existencialmente” (Barthes, 2010)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

“trauma is a disorder of memory and time” (Baer, 2002)

«Baer nota que “trauma is a disorder of memory and time” (Baer, 2002: 9) e evoca a metáfora da câmara fotográfica utilizada por Freud para explicar o evento traumático: a câmara capta o acontecimento presente e os seus negativos são guardados, tal como as memórias são arrumadas no inconsciente. Mais tarde, quando estes negativos são revelados, o acontecimento é vivenciado como no momento original, ocorrendo desta forma um desfaseamento temporal. Também Barthes reconhece o “choque fotográfico” (Barthes, 2010: 31), embora não tanto como um trauma, mas como uma surpresa, que revela aquilo que o autor desconhecia ou do qual não estava consciente.
Os traumas do início do século XX deram origem a uma forma moderna de consciência fotográfica, que foi desenvolvida para possibilitar ao homem proteger-se e defender-se contra a dor da catástrofe através da auto-objectivação - produzindo o “trabalhador”, frio e racionalista, dotado de qualidades militares, com o seu corpo e mente blindados contra os choques tecnológicos da fábrica ou zona de guerra.»

A fotografia é memória do acontecimento que o fotógrafo presenciou e aprisionou numa imagem para a posteridade.

«A fotografia evoca sempre um tempo passado. O “isto foi” a que Barthes se refere em La Chambre Claire [Câmara Clara] (1980) (Barthes, 2010: 107). A fotografia é memória do acontecimento que o fotógrafo presenciou e aprisionou numa imagem para a posteridade. Por outro lado, as fotografias criam a ilusão de imediato. O tempo passa e os intervenientes da fotografia estão eternamente suspensos na mesma pose, tal como momento em que foi captada, criando uma ilusão de presente para o espectador. É por essa razão que é necessário abandonar a noção de história e tempo como uma linha de sequência para melhor compreender estas fotografias, que devem ter uma aura de intemporalidade em seu redor. A fotografia é um fragmento, um momento isolado, que é eternamente repetido, como que se de um trauma se tratasse (cf. Baer, 2002).»
«Para Barthes, “today, at the level of mass communications, it appears that the linguistic message is indeed present in every image” (Barthes, 1988: 38), o que, para o autor, significa que não podemos falar numa civilização da imagem, pelo contrário, somos uma verdadeira civilização da escrita. A linguagem verbal tem assim a tarefa de ajudar na compreensão das imagens e pode exercer duas funções: a de ancoragem e a de revezamento – pouco frequente na imagem fixa (cf. Barthes, 1988).»

terça-feira, 8 de julho de 2014

«Daí que a fotografia seja essa «alucinação partilhada» onde se conjuga «a Loucura e qualquer coisa de que não sei bem o nome. Começarei por chamar-lhe o sofrimento do amor.»

Barthes

sábado, 21 de junho de 2014

« a Loucura e qualquer coisa de que não sei bem o nome. Começarei por chamar-lhe: o sofrimento do amor.»

Barthes

quinta-feira, 20 de março de 2014

L'Escalade du Désir (1977)

«Como desejo, a carta de amor aguarda resposta; impõe implicitamente ao outro uma resposta, sem a qual a sua imagem se altera, transformando-se noutra. É isto que, porém, o jovem Freud explica à noiva: ‘Não quero, porém, que as minhas cartas fiquem sempre sem resposta e, se não me responderes, deixarei imediatamente de te escrever. Perpétuos monólogos a propósito de um ser amado conduzem a ideias erróneas que atingem as relações mútuas  e fazem de nós uns estranhos quando novamente nos encontramos e vemos as coisas diferentes das que, sem nos certificarmos,imaginávamos’» 



ROLAND BARTHES, Fragments d'un Discours Amoreux , 1977

(Barthes 1995 [1977]: 60)
Powered By Blogger