«Muitas pessoas têm medo do olhar penetrante dos outros. Têm medo de perscrutar as coisas a fundo. Gostam de passar por cima de tudo, de olhos fechados e pensamento vazio.»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 262
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quarta-feira, 4 de julho de 2012
«As paixões humanas não têm conta, são tantas como as areias do mar, e todas, as mais vis como as mais nobres, começam por ser escravas do homem para depois o tiranizarem. Bem-aventurado aquele que, entre todas as paixões, escolhe a mais nobre: a sua felicidade aumenta de hora a hora, de minuto a minuto, e cada vez penetra mais no ilimitado paraíso da sua alma. Mas existem paixões cuja escolha não depende do homem: nascem com ele e não há força bastante para as repelir. Uma vontade superior as dirige, têm em si um poder de sedução que dura toda a vida. Desempenham neste mundo um importante papel: quer tragam consigo as trevas, quer as envolva uma auréola luminosa, são destinadas, umas e outras, a contribuir misteriosamente para o bem do homem.»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 258/9
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«Porque havemos de ser tão severos com os outros? Hoje em dia já não se vêem por aí miseráveis, há só pessoas bem intencionadas e simpáticas. E se alguns se expõem à vergonha de serem esbofeteados em público, são só uns dois ou três, o máximo, e mesmo esses agora falam de virtude.»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 258
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segunda-feira, 25 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
''não se voltou demasiado contra si próprio''
«Todos temos mais ou menos essa fraqueza; connosco, somos indulgentes, e descarregamos toda a nossa ira para cima do próximo: um criado, um subordinado, a própria esposa, às vezes até uma cadeira que voa pelos ares e vai espedaçar-se contra a porta.»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 187
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« - Permite a estes humildes mortais a ousadia de lhe perguntarem qual o objecto dos seus pensamentos?»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 179
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 179
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«Duas rolas te mostrarão
O meu cadáver gelado,
E os seus arrulhos te dirão
Que morri de tanto chorar.»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 172
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«''O que é a vida? Um vale de amarguras. O que é o mundo? Um amálgama de seres insensíveis.''»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 172
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 172
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domingo, 29 de abril de 2012
«(...) .Diz-se com razão que o homem só encontra o seu verdadeiro caminho quando põe de lado as quimeras da juventude e assenta firmemente os pés em terreno sólido.»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 156
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domingo, 22 de abril de 2012
A vida solitária forneceu copioso alimento à sua avareza
«A vida solitária forneceu copioso alimento à sua avareza. Esta paixão, como se sabe, possui um apetite de lobo: quanto mais devora menos se sacia. Os sentimentos humanos, que nele nunca tinham sido muito profundos, foram-se desvanecendo a pouco e pouco. Essa ruína ambulante degradava-se de dia para dia.»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 126
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«No maciço de verde folhagem, inundado de sol, abriam-se às vezes abismos de sombra.»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 120
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 120
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domingo, 4 de março de 2012
«Outrora, nos dias já distantes da minha juventude e da minha infância, que passaram como um sonho e não voltam mais, sentia-me imensamente feliz sempre que chegava pela primeira vez a qualquer lugar desconhecido: quer fosse uma aldeia, vila, pequena cidade da província ou capital do distrito, em toda a parte o meu olhar infantil encontrava motivos para satisfazer a sua curiosidade.»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 117
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«Como obstinado corvo, a alcunha plebeia lá ficará sempre a grasnar, proclamando com a sua voz a prodecência do pássaro.»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 115
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 115
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« - Francamente, o senhor é como a pega do provérbio que só conhece um som, e o repete a cada instante.»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 110
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domingo, 5 de fevereiro de 2012
«Em qualquer parte deste desgraçado mundo, quer nas classes inferiores que vegetam na pobreza e na imundície, quer nas classes superirores que cristalizam na riqueza e no tédio, todo o homem tem, ao menos uma vez na vida, um encontro que desperta nele sentimentos nunca experimentados.»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 97
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domingo, 29 de janeiro de 2012
''Para quê tantas reflexões?''
«Para quê tantas reflexões?... Para que havemos de deixar, nos momentos de jovial despreocupação, a tristeza insinuar-se em nós? Logo que o riso se congela em nossos lábios, tornamo-nos sombrios, e eis-nos diferentes de todos os que nos cercam...»
Nikolai Gógol. Almas Mortas. Círculo de Leitores, 1ª Edição, 1977, p. 57
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