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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Em meia hora fez-se muitos anos mais velho.


Hermann Hesse. Narciso e Goldmundo. Tradução de Manuela de Sousa Marques. Guimarães Editores, Lisboa, 2005., p. 67

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

«De inicio, foi Narciso, quem mais sofreu. Tudo era espírito, para ele, mesmo o amor; não lhe era fácil abandonar-se irreflectidamente a uma inclinação.»


Hermann Hesse. Narciso e Goldmundo. Tradução de Manuela de Sousa Marques. Guimarães Editores, Lisboa, 2005., p. 27

Narciso

« - Narciso- disse o abade uma vez, depois de o ter ouvido sem confissão - reconheço-me culpado de um juízo severo a teu respeito. Pareceste-me muitas vezes orgulhoso e talvez tenha sido injusto para contigo. Estás muito só, meu jovem irmão, vives muito isolado, tens admiradores, mas não tens amigos. Gostaria bem que tivesses às vezes qualquer deslize, como é fácil suceder na tua idade. Mas nunca tens deslizes. Preocupas-me um pouco narciso.»



Hermann Hesse. Narciso e Goldmundo. Tradução de Manuela de Sousa Marques. Guimarães Editores, Lisboa, 2005., p. 9

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

«Perante o seu olhar, de onde a minha própria alma parecia contemplar-me, toda a verdade se desmoronou, mesmo a verdade do desejo carnal que tinha por ela. Enfeitiçados, olhavamo-nos; a minha alma pobre e pequena olhava-me.»


Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 179

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Razão tem-la tu toda, Lobo das Estepes

«Razão tem-la tu toda, Lobo das Estepes, mil vezes razão, mas mesmo assim tens de desaparecer. És demasiado exigente e esfomeado para um mundo como o de hoje, simples, cómodo e contente com tão pouco, é esse mundo que te vomita para fora, tens para ele uma dimensão a mais.»

Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 156/7

«Tenho sede de um sofrimento que me dê disposição e vontade de morrer»

Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 155

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

«De um momento para o outro ressurgiam coisas que me tocavam de perto, em que eu podia pensar com alegria, preocupação, excitação! De um momento para o outro abria-se uma porta através da qual a vida irrompia e vinha até mim! Talvez eu pudesse voltar a viver, talvez pudesse voltar a ser um homem...A minha alma, entorpecida pelo frio, quase gelada, voltava a respirar, batia sonolenta, as suas asas miúdas e débeis.»


Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 107

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

o sentimentalismo vergava-o, contra a sua vontade

« (...), mas saboreei, como um cão esfaimado, a migalha de calor, o gole de afeição, o naco de apreço. Enternecido, o Lobo das Estepes, Harry, mostrava os dentes num sorriso, escorrendo-lhe a baba pela goela ressequida; o sentimentalismo vergava-o, contra a sua vontade.»




Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 81
«Como se tinha apoderado de mim, assim tão lenta e sorrateiramente, aquela paralisia, aquele ódio contra mim e contra todos, aquele bloqueamento de todos os sentimentos, aquele humor agreste profundo e despeitoso, aquele antro de imundície do coração esvaziado e do desespero?»


Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 80

domingo, 4 de dezembro de 2011

''amado por ninguém''

Esse Lobo das Estepes tinha de morrer...

«Esse Lobo das Estepes tinha de morrer, tinha de pôr termo, pela sua própria mão, à sua odiosa existência - ou então, fundido no fogo mortal de uma renovada inspecção a si próprio, transformar-se, arrancar a máscara e recriar um novo eu. Ah! Este processo não era novo nem desconhecido, conhecia-o bem, já várias vezes o experimentara nos estádios de supremo desespero.»



Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 73

«De neve sacio a minha goela ardente,
E a minha pobre alma ao diabo entrego.»

Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 72
«Supões, como Fausto, que duas almas já são demais para um só peito, e a acabam por despedaçá-lo.»


Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 66

desnudação

«No entanto, no cúmulo da felicidade alcançada, Harry apercebeu-se subitamente de que a sua liberdade era uma morte, que estava sozinho, que o mundo o deixava sinistramente em paz, que ele próprio já não ligava nada às pessoas, aliás nem tão pouco a si próprio, que lentamente ia asfixiando numa atmosfera cada vez mais rarefeita de vedação e isolamento.»



Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 53

sábado, 3 de dezembro de 2011

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Uma das características do Lobo das Estepes era ser um homem nocturno.

«Uma das características do Lobo das Estepes era ser um homem nocturno. Para ele a manhã era a pior hora do dia. receava-a e dela nunca lhe adviera nada de bom. Jamais, em manhã alguma da sua vida, estivera propriamente bem disposto, jamais, em hora alguma antes do meio dia, fizera qualquer coisa de bom ou tivera algum bom pensamento, jamais conseguira propiciar alegria a si próprio e a outros. Só com o decorrer da tarde ia lentamente aquecendo e animando, e fecundo, vivo, ocasionalmente ardente e jovial.»



Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 51/2
«Era infeliz a maior parte do tempo, isso não vamos negar, e sabia também fazer infelizes os outros, sobretudo quando gostava deles e eles de si.»


Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 49

Vieram-me então à memória os anos esquecidos da juventude...

«Vieram-me então à memória os anos esquecidos da juventude - como amava então essas noites sombrias e pesadas de outono e inverno tardio, e com que sofreguidão e embriaguês absorvia as impressões de solidão e melancolia!»


Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 35

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Este manuscrito

«Representa textualmente uma viagem através do inferno, viagem ora amedrontada, ora destemida, através do caos de um mundo espiritual obscurecido, empreendida com a firme determinação de cruzar o inferno de lés-a-lés, de oferecer o flanco ao caos, de suportar o mal até ao fim.»

Hermann Hesse. O Lobo das Estepes. Tradução de Sara Seruya. Edições Afrontamento. 3.ª edição., p. 27
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