«Por momentos somos levados a suspeitar que Miguel Barbosa é orientado por um sentido de fatalismo ontológico como se, à semelhança dos heróis das tragédias gregas, às personagens fosse inútil a luta. E resta-lhes não o riso mas a acção que parece destinada a provocá-lo. É um teatro incómodo porque, se aponta problemas existenciais e não lhes dá solução, também não deixa adivinhar uma estrutura ética, social, estética, interior ao drama, substantiva à acção que sugira a esperança.»
Isabel Clemente
in Miguel Barbosa. Os Carnívoros. Editorial Futura, Lisboa, 1974., p. 16