quarta-feira, 15 de agosto de 2018



A Change Is Gonna Come
Aretha Franklin
There's an old friend that
I once heard say
Something that touched my heart
And it began this way
I was born by the river
In a little tent
And just like the river
I've been runnin ever since
He said it's been a long time comin'
But I know my change is gonna come
Oh yeah
He said it's been too hard livin'
But I'm afraid to die
I might not be if I knew
What was up there
Beyond the sky
It's been a long, a long time comin'
But I know my change has got to come
Oh yeah
I went, I went to my brother
And I asked him, brother
Could you help me, please?
He said, good sister
I'd like to but I'm not able
And when I, when I looked around
I was right back down
Down on my bended knees
Yes I was, oh
There've been times that I thought
I thought that I wouldn't last for long
But somehow right now I believe
That I'm able, I'm able to carry on
I tell you that it's been along
And oh it's been an uphill journey
All the way
But I know, I know, I know
I know my change is gonna come
Sometimes I had to cry all night long
Yes I did
Sometimes
I had to give up right
For what I knew was wrong
Yes it's been an uphill journey
It's sure's been a long way comin
Yes it has
It's been real hard
Every step of the way
But I believe, I believe
This evenin' my change is come
Yeah I tell you that
My change is come
Compositores: Sam Cooke
Letras de A Change Is Gonna Come


«Aquilo que à partida se mostra, de um modo puramente fisionómico, é a rigidez do rosto, como uma máscara, que é tanto adquirida como acentuada e aumentada através de meios exteriores, como a ausência de barba, o penteado e um chapéu justo. Que neste carácter de máscara, que desperta nos homens uma impressão metálica, nas mulheres uma impressão cosmética, venha à luz um processo muito incisivo, pode-se concluir já de ele mesmo conseguir polir as formas através das quais o carácter dos sexos se torna fisionomicamente visível. Não é por acaso, diga-se de passagem, o papel que desde há pouco a máscara recomeça a desempenhar na vida quotidiana. Ela aparece de modos variados em locais onde irrompe o carácter especializado do trabalho, seja como máscara de rosto para o desporto e para altas velocidades, tal como a possui qualquer automobilista, seja como máscara de protecção no trabalho num espaço ameaçado por radiações, explosões ou difusão de narcóticos.»

 JÜNGER, Ernst. O trabalhador. Domínio e figura, op. cit., §13, p. 77.

“descobrimos uma mudança que a cada passo ganha em inequivocidade”

Ernst Jünger
Vigiar e punir

Foucault

Mann ist Mann

O Moloch jüngeriano: o sacrifício da subjetividade no altar da natureza planificada do trabalho

''o elogio ao sacrifício''


''a racionalidade iluminista é trocada pela “linguagem sem palavras” da técnica ''

Lebensphilosophie bélica

“Hoje escrevemos poesia a partir do aço e da luta pelo poder em batalhas onde os acontecimentos se engrenam com a precisão das máquinas. Nessas batalhas na terra, na água e no ar, repousa uma beleza que somos capazes de antegozar. Lá a impetuosa vontade do sangue se refreia e depois se expressa pelo domínio das maravilhas técnicas do poder”.

 HERF, Jeffrey. O modernismo reacionário, op. cit., p. 92-93. A passagem destacada por Herf é de A guerra como experiência interior.

''igualitarismo desertificante''

visão “destinarista” da técnica e da história


O modernismo reacionário

Herf
«Tudo aquilo que sentimos no nosso tempo como admirável, e que ainda nos fará aparecer, nas lendas dos séculos mais longínquos, como uma estirpe de feiticeiros poderosos, pertence a esta substância, pertence à figura do trabalhador. É ela que opera na nossa paisagem, a qual só não sentimos como infinitamente estranha porque nascemos nela; o seu sangue é o combustível que impulsiona as rodas e fumega nos seus eixos. Na consideração deste movimento, apesar de tudo monótono, que lembra um campo cheio de mosteiros tibetanos, na consideração da ordem rigorosa destes sacrifícios, que se assemelha aos esboços geométricos das pirâmides, sacrifícios tais como ainda não exigiu nenhuma Inquisição nem nenhum Moloch, e cujo número se multiplica a cada passo com uma segurança mortal — como poderia aqui um olhar que realmente quer ver furtar-se à visão de que atrás do véu da causa e efeito, que se agita sob os combates do dia, operam o destino e a veneração?»


JÜNGER, Ernst. O trabalhador. Domínio e figura. Introdução, tradução e notas Alexandre Franco de Sá; prefácio Nuno Rogeiro. Lisboa: Hugin, 2000, §12, p. 94. (


violência metafísica

“O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração”

carácter subversivo.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018


«COMPANHEIRO - Se permitirmos que o vazio se estabeleça na democracia, então o fascismo ocupá-lo-á com a ditadura. Cooperemos.»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 140


«JOVEM MULHER - Não me interessa. Neste momento, só desejo saber uma coisa. Gostas de mim ou não? Não me interessa continuar a viver com  um homem que não gosta de mim. Prefiro-me ir embora.»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 138

«JOVEM MULHER - Quiseste desfazer-te de mim. Quiseste matar-me, para poderes casar com a tua patroa. Foi isso que sentiste, há bocado, não foi, quando eras governo? Ela é tua amante. É?»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 138

''mãos nuas''


«COMPANHEIRO - Um dos imperativos da democracia é o jogo político.»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 129


«COMPANHEIRO - Sectária! (Agressivo, mão na gola dela) : Merecias uma bofetada na cara, para ver se aprendias a ser mais educada, a teres algum respeito pelas ideias dos outros.»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 128

Divisionista


«COMPANHEIRO - Tu não me aborreças! Deixa estar que não fico às tuas sopas.»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 126

«JOVEM MULHER - Falei-te em amor. Falei-te em fraternidade. Falei-te em felicidade. Falei-te em futuro. Tu falas-me em passado e em infelicidade.»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 124

«Levas uma vida de comprometimento.»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 123

«A igreja política cumpre, como qualquer outro estado, a sua missão diplomática.»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 122

«Tens a mania de acentuar só o que te interessa!»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 120

«JOVEM MULHER - Comprei flores, mas não consegui comprar comer. Nem peixe nem carne, ao preço que estão. Mas não quis deixar de comprar este raminho, para alegrar-te a casa. Gostas?»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 109

''beijando pétalas descoloridas''


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 108

Novena


«CARIDADE - Tristeza antiga! O que o fascismo me fez sofrer, também a mim. Deus meu! Feia, feia, sempre vestidas de farpela. Tantas foram as vezes que me vesti de farrapos que, ainda hoje, me sinto traumatizada com essa imagem de infelicidade humana. Coitadinha! Nem as vezes em que me vesti de púrpura, para me apresentar decentemente num ou noutro baile de caridade, a favor dos pobrezinhos, conseguiram apagar em mim a imagem triste e sofredora que fui. Coitadinha de mim.»



Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 105

missal

DêmoKratia


«Honra te seja feita. Nunca deixaste de falar em flores. Isso é verdade. Até pela tua cama, ornada de cravos, se vê. Parece um altar.»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 104

''portuguesmente falando''


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977

''servicinho eleitoral''


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977

«JOVEM MULHER - Ora...A vossa diarreia verbal é muito superior, mais asquerosa e violenta que uma boa arrochada na espinha. São muito amigos da Pátria, mas que fizeram dela e por ela, durante estes 48 anos? Uma Pátria esquecida e escarnecida. Num mundo de nações, onde estava a Nação portuguesa? Em casa. Em família. No vosso bolso. Eis o que vocês fizeram da vossa querida pátria.»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 93

''ladainha anticomunista do costume''


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., 

«PRAZER - (...) Sofres dos nervos? Tens frustrações? Causam-te dores, perturbações dolorosas?»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 87


«PRAZER - Chiu...jovem, não faças tanto barulho! Neste tipo de negócio, é indispensável a maior descrição. A mercadoria é rara, não chega para metade. Aqui a tens, linda como os amores: liamba, marijuana, coca, mescalina, beladona, ópio, haxixe...enfim, uma beleza de sonhos ternos para a juventude. Experimenta lá esta, jovem!...»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 85

domingo, 12 de agosto de 2018

Bettina Rheims


The Life of a Slave Girl

causa abolicionista

''Gosto muito é de experimentar, porque acho que não sei fazer. E quando não sei fazer, tenho de experimentar.”

Rita Azevedo Gomes, Cineasta Portuguesa

«Outros amarão as coisas que eu amei.»

Frágil Como o Mundo, filme português realizado em 2000 por Rita Azevedo Gomes

Frágil Como o Mundo, filme português realizado em 2000 por Rita Azevedo Gomes


quarta-feira, 1 de agosto de 2018

«Andas disfarçado. Quem te vê assim florido, nem dá por ti.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 84

«A exploração é uma forma de escravatura.»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 81

« JOVEM MULHER - Diz, ali, no livro, sobre a 1.ª democracia grega, que os escravos não tinham direitos políticos. Viva o poder dos escravos!»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 81
«JOVEM MULHER - Estou farta de sofrer e de ser enganada.
Viva o Socialismo!»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 80

« - Vivam os seus queridos filhos mortos!»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 80

Bruce Davidson East 100th Street. New York City. USA


as.sa.ra.pan.ta.do



«Aproveitaste-te da minha distracção e mataste-me. Oh, fui ferido! (Caindo no leito): Acode-me, na cama, meu amor!»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 77

AUTO DE CONDENAÇÃO


segunda-feira, 30 de julho de 2018

A Matriliniaridade dos Afectos

Professora Doutora Stella António – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas – Universidade Técnica de Lisboa – Lisboa 2010



domingo, 29 de julho de 2018


«Nunca esperei vir encontrar este mundo tão escravizado. Esta prisão enorme, não fosse este hábito de cantar, mesmo sozinha.»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 51
« D. JUAN - Errei, confesso-me. Julgava-te ingénua e, afinal, és uma sabidona. Não me serves. És daquelas que, aos primeiros olhinhos, põe logo os cornos a um tipo.

JOVEM MULHER - A homens como tu, para quem o amor é um vício, não teria dúvidas em enfeitar-te a testa com um bom par.»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 50

suporíferos

«Isso é um jogo de palavras. Um convite ao isolamento.»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 48
«Quer voltar à leitura. Não o consegue, porém. Sen-
ta-se, levanta-se. Põe o livro em cima do traves-
seiro. Há qualquer coisa dentro dela que a não deixa
sossegar; por isso, vagueia dum lado pata o outro.
Sai.»

Vasco José.
 A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 43

Portrait of Julia Duckworth, Virginia Woolf's mother, by Julia Margaret Cameron.


«Uma mulher vale o que representa.»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 39
«JOVEM MULHER - Uma sonâmbula! Foi o que fizeste da minha mãe; um saco de ilusões.»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 39

«(...) Não sou rainha de nada, sou mulher que trabalha. Não sou fada de homem nenhum, nem me interessa sê-lo. Podemos, quando muito, satisfazer necessidades mútuas.

RAINHA - Insistes em tornar-te vulgar. Porque te humilhas? Perdes a dignidade, todo o teu encanto e, assim, mais facilmente te deixas subverter.»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 38

«O bicho-homem. Só o que quer é poder.»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 32

''gata capada''


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 31

«(...) Não se arranjou, na Idade Média, um cinto para a mulher não cornear o marido?

PRATICANTE - Sim, chefe? Não sabia.

INQUISIDOR - Não sabias? Então aprende, que eu não posso durar sempre. Chamava-se o Cinto da Castidade.»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 31

terça-feira, 24 de julho de 2018

Je T'aime Moi Non Plus




Je t'aime, je t'aime
Oh, oui je t'aime!
Moi non plus
Oh, mon amour
Comme la vague irrésolu
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Entre tes reins
Et je me retiens
Je t'aime, je t'aime
Oh, oui je t'aime!
Moi non plus
Oh mon amour
Tu es la vague, moi l'île nue
Tu va, tu va et tu viens
Entre mes reins
Tu vas et tu viens
Entre mes reins
Et je te rejoins
Je t'aime, je t'aime
Oh, oui je t'aime!
Moi non plus
Oh, mon amour
Comme la vague irrésolu
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Entre tes reins
Et je me retiens
Tu va, tu va et tu viens
Entre mes reins
Tu vas et tu viens
Entre mes reins
Et je te rejoins
Je t'aime, je t'aime
Oh, oui je t'aime!
Moi non plus
Oh mon amour
L'amour physique est sans issue
Je vais, je vais et je viens
Entre tes reins
Je vais et je viens
Et je me retiens
Non! Maintenant viens!

Compositores: Serge Gainsbourg

segunda-feira, 23 de julho de 2018


« (...) Então, como vai o nosso governo?

DEPUTADO - Firme como uma rocha.»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 29
« PEDREIRO  - Chiu! Estás a querer mandar em mim? Quem manda nas mulheres, nos gatos e nos cães são os homens. Não são eles que lhes dão de comer? Não serão eles, porventura, os seus donos? Portanto, quem manda em ti sou eu. Ao menos, sempre mando em alguma coisa.»

Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 25

«VELHO - Como não morro, querem que eu esteja doido.»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 22

«Pernas velhas, asas mortas.»



Vasco José. A Mulher Deitada. Colecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 21


«GUARDA-LIVROS - Quando vinha ao longe, notei-te à janela. E tu, sabe-lo bem, não tolero ver-te à janela. Não tens roupa para coser? Meias para remendar? O comer, a horas, para fazer? As gatas é que estão sempre à janela...à espera dos gatos. Sou uma pessoa muito boa, que gosta de tratar todos bem, mas também gosto que me respeitem. Fiz de ti uma mulher doméstica, uma mulher séria, por isso tens de cumprir o teu regulamento.»
Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 17

« - Miau!!!
O sofrimento, ao ver-se só, faz-lhe, inúmeras vezes, 
pôr-se de joelhos.»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 15


«E, apesar desta casa se ter tornado num castelo para mim, pelo amor que te tenho continuaria aqui aprisionada uma vida inteira, mais presa do que a gatinha que só sai à rua para fazer chichi.»


Vasco José. A Mulher Deitada. Collecção de autor, Torres Vedras, 1977., p. 13

domingo, 22 de julho de 2018


''recadinhos de amor''

''Lindos calções enfeitados''


MolièreEscola de Mulheres. Tradução de Maria Valentina Trigo de Sousa. Livros de bolso Europa América.. p. 45

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Igor Pjörrt

Heavenly Persona (2018)

Heavenly Persona is an ethereal archive of black-and-white photos from the long-distance relationship documented in the previous series Betelgeuse. Inspired by japanese erotic photography and Shizuka’s album of the same name, Heavenly Persona examines afterlife, memory and a sexual awakening through a collection of evocative images. 

Also an exploration of naturism, the book contemplates the animalistic condition of man as a mammal and his innate attraction to nature, where the earth nurtures, protects and forms its own system with the male body, serving as both womb and deathbed. With his companion, they find themselves in lawless territory - an infinite landscape that reduces their bodies to their physical form and presents them with unparalleled freedom. 

My attention shifted to the more spiritual nature of this relationship while considering the erotic links between creation and ruin. The earth is no longer imagined as a promise of life but rather a genesis of pleasure with no other end. An impenetrable desire echoes through closed rooms and open fields as the two lovers endlessly navigate this isolated stretch between purgatory and heaven in search of a climax which always seems to be on the horizon. 

110 pages
54 black-and-white plates
245x183 mm
Unique handmade copy



''códigos visuais contemporâneos''

Narrativa Fotográfica

Concreto com Árvore

Captura de tela 2018-07-18 às 13.12.29
Fotografia Rui Dias Monteiro

«Houve escuma e confusão.»



Artigo: Profissões para Mulheres
Conferência proferida a 21 de Janeiro de 1931 em Londres na
Women's Service League e publicada em The Death of the Moth (1942)



Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 121

''estado de perpétua letargia''

''natureza fictícia''

«Fiz aquilo que pude para a matar. Se tivesse de ir a tribunal, alegaria que actuara em legítima defesa. Se eu não a tivesse morto, ela ter-me-ia morto a mim. Teria arrancado o coração da minha escrita. Pois, como constatei assim que pus a pena ao papel não é possível criticar nem sequer um romance sem ter uma opinião própria, sem expressar o que se entende ser verdade acerca das relações humanas, da moralidade, do sexo.»

Artigo: Profissões para Mulheres
Conferência proferida a 21 de Janeiro de 1931 em Londres na
Women's Service League e publicada em The Death of the Moth (1942)



Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 119

«Ela sacrificava-se quotidianamente.»


Artigo: Profissões para Mulheres
Conferência proferida a 21 de Janeiro de 1931 em Londres na
Women's Service League e publicada em The Death of the Moth (1942)



Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 119

Serge Gainsbourg et Jane Birkin


«Que há de mais fácil do que escrever artigos e comprar gatos persas com os lucros?»



Artigo: Profissões para Mulheres
Conferência proferida a 21 de Janeiro de 1931 em Londres na
Women's Service League e publicada em The Death of the Moth (1942)



Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 118

´´Angels and Other Women in Victorian Literature'' Marlene Springer

«Escrever era uma ocupação respeitável e inofensiva. O arranhar de uma pena não perturbava a paz familiar.»

Artigo: Profissões para Mulheres
Conferência proferida a 21 de Janeiro de 1931 em Londres na
Women's Service League e publicada em The Death of the Moth (1942)



Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 117

«(...) simples conversada lançada ao papel e deixada secar em poças e borrões.»

Artigo: As Mulheres e a Ficção
The Forum, March 1929


Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 113

''tarefa de moscardo''

«(...) reacções de cólera na obra de escritoras menores - na sua escolha de um assunto, na sua altivez pouco natural, na sua submissão exagerada. Além disso, a falta de sinceridade infiltra-se de  modo quase inconsciente nas suas obras.»

Artigo: As Mulheres e a Ficção
The Forum, March 1929



Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 109

de um ou de outro modo

« O génio de Jane Austen e de Emily Bronte alcança o seu máximo poder de persuasão devido à capacidade, por ambas partilhada, de ignorar tais apelos e reivindicações, mantendo o caminho traçado sem temer críticas ou desdém. Mas era preciso ter um espírito muito tranquilo ou muito forte para resistir à tentação da cólera.»

Artigo: As Mulheres e a Ficção
The Forum, March 1929



Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 109

domingo, 15 de julho de 2018

«É incontestável que a experiência exerce uma influência enorme sobre a ficção. O que há de melhor nos romances de Conrad, por exemplo, seria anulado caso lhe tivesse sido impossível andar na Marinha. Retiremos tudo quanto Tolstoi sabia acerca da guerra como soldado que foi, tudo o que conhecia da vida e da sociedade enquanto jovem rico cuja educação admitia todo o tipo de experiências, e War and Peace ficará incrivelmente empobrecido.
   Todavia Pride and Prejudice, Wuthering Heights, Villette e Middlemarch foram escritos por mulheres às quais era energicamente recusada toda a experiência para lá das quatro paredes de uma sala de estar da classe média.»


Artigo: As Mulheres e a Ficção
The Forum, March 1929



Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 108

«Charlotte Bronte  posava a pena e escolhia os olhos das batatas. E, vivendo na sala de estar rodeada de pessoas, uma mulher habituava-se a exercitar o espírito na observação e na análise de carácter. Aprendia a ser romancista, não poetisa. »


Artigo: As Mulheres e a Ficção
The Forum, March 1929



Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 108

Susan Meiselas 44 Irving St. Cambridge, MA. USA. 1971


«A mulher extraordinária depende da mulher comum.»


Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 106

Inge Morath Self-portrait Jerusalem, Israel. 1958.


CAP. IX


''Bom, quanto ao que o mundo pensa desta ejaculação - não dou um vintém.''

Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 99
«Pode lamber sofregamente com a sua longa língua glutinosa os mais ínfimos fragmentos dos factos e amontoá-los nos labirintos mais subtis, pode escutar um silêncio às portas por detrás das quais apenas se ouve um murmúrio, um sussurro. »


Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 97
« No espírito moderno a beleza não é acompanhada pela sua sombra mas pelo seu contrário. O poeta moderno fala do rouxinol que solta ''os seus trinados para orelhas sujas''. Lado a lado da nossa beleza moderna caminha um espírito sardónico que desdenha da beleza por ser bela; que vira o espelho e nos mostra que a outra face dela está desfigurada, deformada. É como se o espírito moderno, ao pretender sempre verificar as suas emoções, tivesse perdido a capacidade de aceitar qualquer coisa simplesmente por aquilo que é. »


Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 93

Katatsumori (Naomi Kawase, 1994)


«A beleza é em parte fealdade; a diversão é em parte aversão; o prazer em parte dor. Emoções que penetravam íntegras o espírito, assomam agora estilhaçadas.»


Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 92/3
«Também um escritor tem, do mesmo modo, uma atitude perante a vida, ainda que seja uma vida diferente. Também os escritores podem encontrar-se numa posição desagradável, confusos, frustrados, incapazes de alcançar aquilo que pretendem como escritores. Isto verifica-se por exemplo, nos romances de George Gissing. Ou então podem retirar-se para os subúrbios e desperdiçar todo o seu interesse em cãezinhos de estimação e duquesas - em graças, sentimentalismos e snobismos - e é o caso de alguns dos nossos romancistas de maior êxito.»

Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 90
«Há uma coisa vaga e misteriosa a que chamamos atitude perante a vida. Todos nós conhecemos pessoas - deixemos por um momento a literatura e voltemos-nos para a vida - que estão em conflito com a existência; pessoas infelizes que nunca conseguem aquilo que pretendem, que estão confusas, que se lamentam, que se encontram numa posição desagradável de onde olham tudo de soslaio. Outros, ainda que aparentem um perfeito contentamento, parecem ter perdido todo o contacto com a realidade. Desperdiçam todo o seu afecto com cãezinhos e porcelana antiga. Apenas lhes interessam as vicissitudes da sua própria saúde e os altos e baixos das vaidades sociais. Contudo, há ainda outros que nos impressionam, e seria difícil precisar porquê, como pessoas a quem a natureza ou as circunstâncias colocaram numa posição na qual podem usar inteiramente todas as suas faculdades em coisas de valor. Não são fatalmente pessoas felizes ou bem sucedidas, mas há na sua presença um sabor, naquilo que fazem um interesse. Parecem totalmente vivos.»

Ensaios de Virginia Wolf. O Momento Total. Organização e Introdução de Luísa M.ª Rodrigues Flora. Ulmeiro Universidade, p. 89/90

A QUIETUDE DA ÁGUA


A QUIETUDE DA ÁGUA, um filme de Naomi Kawase from Leopardo Filmes on Vimeo.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Powered By Blogger