« O povo fez-se para viver sujo e esfomeado. Um povo que se lava é um povo que não trabalha, (...)»
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 79
コカインの時間を介しての旅です
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 75
« Então chegou a república. Ganhavam os homens doze ou treze vinténs, e as mulheres menos de metade, como de costume. Comiam ambos o mesmo pão de bagaço, os mesmos farrapos de couve, os mesmos talos. A república veio despachada de Lisboa, andou de terra em terra pelo telégrafo, se o havia, remendou-se pela imprensa, se a sabiam ler, pelo passar de boca em boca, que sempre foi o mais fácil.
« Tanto mais duvidamos quanto mais sabemos, ou julgamos saber. E sobre nós mesmos, homens, se torna ainda maior a nossa perplexidade! Por certo somos mais complicados que as pedras e as plantas, os animais a que negamos razão e até os fenómenos siderais. Quem sabe? talvez nos nem convenha sabermos demais sobre nós mesmos!
José Régio. Há mais mundos. Círculo de Leitores, 1973., p. 31José Régio. Há mais mundos. Círculo de Leitores, 1973., p. 30
« já não tenho manias, só tenho dores e ansiedade e já sei bem o que me vai acontecer. não diga isso, e olhe que eu não vejo os pássaros por casmurrice, ó senhor pereira. eu não disse isso, mas podia ser. eu sei lá porque os vejo, às vezes vejo coisas com uma clareza que custa a crer que a imaginação tenha tanto talento.»
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 289Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 286
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 282
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 279
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 264
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 264
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 248
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 200
« olhe, hoje é possível reviver o fascismo, quer saber. é possível na perfeição. basta ser-se trabalhador dependente. é o suficiente para perceber o que é comer e calar, e por vezes nem comer, só calar.»
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 200Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 199
«Os cães vadiavam por um e outro lado com os focinhos negros, manchados de sangue. O sol no zénite esquentava todas as cabeças descobertas. Os cadáveres, mal enterrados, a ponto de terem um ou outro membro de fora da terra, exalavam nauseabundo fétido.»
Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 206
Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 202
«(...), e os padres, desde que fiquem nos poleiros garantidos para engordarem, estão sempre felizes. que melhor discurso pode haver para os padres do que a promoção da beleza de ser pobrezinho. a promoção da beleza de ser pobrezinho. é um casamento perfeito. o político que gosta dos pobrezinhos e os mantém pobrezinhos, com a igreja que gosta dos pobrezinhos e os mantém pobrezinhos.»
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 176/7Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 176
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 172
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 171
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 164
« quase não o deixaram levar tanto caco para o lar, mas eram santos, e a fé é sempre um cartão postal dos lares, o nosso não seria excepção. um lar com ligações especiais ao divino oferece melhores garantias no comércio das almas.»
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 153
«(...), a igreja é uma instituição pançuda que se deixou confortavelmente sentada ao lado de salazar. como sempre, dizia anísio, sempre do lado dos opressores porque toda a lógica da igreja é opressora, não conhecem outra linguagem.»
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 151Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 134
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 134
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 133
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 127
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 126
« Em seguida, Taanach apresentou-lhe, num frasquinho de alabastro, o quer que era líquido, mas já um tanto coagulado: era o sangue de um cão preto, degolado por mulheres estéreis, nas ruínas de um sepulcro, durante uma noite de Inverno.»
Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 177
Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 173
Gustave Flaubert. Salambô. Texto Integral. Tradução de F. da Silva Vieira. Editorial Minerva. Lisboa., p. 170
Adolfo Bioy Casares. Diário da Guerra aos Porcos. Tradução do castelhano (argentino) Sofia Castro Rodrigues e Virgílio Tenreiro Viseu. Cavalo de Ferro., p. 158
Adolfo Bioy Casares. Diário da Guerra aos Porcos. Tradução do castelhano (argentino) Sofia Castro Rodrigues e Virgílio Tenreiro Viseu. Cavalo de Ferro., p. 138
Adolfo Bioy Casares. Diário da Guerra aos Porcos. Tradução do castelhano (argentino) Sofia Castro Rodrigues e Virgílio Tenreiro Viseu. Cavalo de Ferro., p. 131
«(...), entreviu, como uma solução que valeria a pena não descartar, a sua própria mão, dotada de um revólver imaginário, que apontava à têmpora.»
Adolfo Bioy Casares. Diário da Guerra aos Porcos. Tradução do castelhano (argentino) Sofia Castro Rodrigues e Virgílio Tenreiro Viseu. Cavalo de Ferro., p. 115
Adolfo Bioy Casares. Diário da Guerra aos Porcos. Tradução do castelhano (argentino) Sofia Castro Rodrigues e Virgílio Tenreiro Viseu. Cavalo de Ferro., p. 113
Adolfo Bioy Casares. Diário da Guerra aos Porcos. Tradução do castelhano (argentino) Sofia Castro Rodrigues e Virgílio Tenreiro Viseu. Cavalo de Ferro., p. 113
« - É horrível. Há cada vez mais gente, embora já não sobre espaço. Lutam todos, uns contra os outros. Não estaremos nas vésperas de uma grande hecatombe?»
Adolfo Bioy Casares. Diário da Guerra aos Porcos. Tradução do castelhano (argentino) Sofia Castro Rodrigues e Virgílio Tenreiro Viseu. Cavalo de Ferro., p. 111
« - Já não há lugar para indivíduos - assegurou fleumaticamente Arévalo. - Só há muitos animais, que nascem, se reproduzem e morrem. A consciência é a característica de alguns, como as asas ou os cornos são a de outros.»
Adolfo Bioy Casares. Diário da Guerra aos Porcos. Tradução do castelhano (argentino) Sofia Castro Rodrigues e Virgílio Tenreiro Viseu. Cavalo de Ferro., p. 111
Adolfo Bioy Casares. Diário da Guerra aos Porcos. Tradução do castelhano (argentino) Sofia Castro Rodrigues e Virgílio Tenreiro Viseu. Cavalo de Ferro., p. 108