sexta-feira, 29 de maio de 2015
«(...) que drama este, de dois amigos procurando destruir-se!»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 150
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Grisu
nome masculino
mistura gasosa inflamável, composta de metano e de ar, que se encontra nas minas de carvão, onde provoca às vezes graves explosõesem contacto com o fogo
mistura gasosa inflamável, composta de metano e de ar, que se encontra nas minas de carvão, onde provoca às vezes graves explosões
''deixo-me absorver pelos sonhos da compaixão''
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 150
«Eu conheço ou concebo uma doença mais terrível do que os olhos inchados pelas longas meditações sobre o estranho carácter do homem: mas procuro-a ainda...não consegui encontrá-la!»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 149
Dédalo
nome masculino
1. lugar em que os caminhos estão dispostos de modo que é fácil alguém perder-se; labirinto
2. coisa intrincada
«E a minha vergonha é imensa como a eternidade!»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 146
«Conta-lhes uma mentira astuciosa (...)»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 145
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quinta-feira, 28 de maio de 2015
INCLINAÇÃO NATURAL
"A relação entre a literatura e a vida. Achar o meu próprio caminho nesse terreno."
-"Diário 1941-1943"
- Etty Hillesum
- Etty Hillesum
«Vê os sulcos que cavaram leito nas minhas faces descoloridas: são a gota de esperma e a gota de sangue, que me escorrem lentamente ao longo das rugas secas. Uma vez chegadas ao lábio superior, fazem um imenso esforço e penetram-me no santuário da boca, atraídas como por um íman, pela garganta irresistível.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 142
«Notaram-me na testa uma gosta de esperma, uma gota de sangue. A primeira tinha saltado das coxas da cortesã! A segunda tinha jorrado das veias do mártir! Odiosos estigmas!»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 142
paroxismo
nome masculino
1. a maior intensidade de um acesso, de uma dor, de um prazer
2. MEDICINA período de uma doença em que os sintomas são mais agudos
últimos paroxismos
agonia antes da morte
«O seu rosto já não se assemelha ao rosto humano, e solta risadas como a hiena. Escapam-lhe farrapos de frases, nos quais, cosendo-os uns aos outros, poucos encontrariam um claro significado. O vestido, esburacado em vários sítios, executa-lhe movimentos sacudidos em torno das pernas ossudas e cheias de lama.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 124
quarta-feira, 27 de maio de 2015
~
I'm not afraid of the sunset or the rain
I'm just afraid of dyin' alone
I'm not afraid of the sunset or the rain
I'm just afraid of dyin' alone
I'm not afraid of the sunset or the rain
I'm just afraid of dyin' alone
And what would you find
And what would you sing
And what would you mean
I'm not afraid of the suffering or the pain
I'm just afraid of dyin' without findin' you
And what would we find
And what would we say
And what would we mean
And what would we find
And what would we say
And what would we mean
And what would we find
And what would we say
And what would we mean
I'm just afraid of dyin' alone
And what would you find
And what would you sing
And what would you mean
I'm not afraid of the suffering or the pain
I'm just afraid of dyin' without findin' you
And what would we find
And what would we say
And what would we mean
And what would we find
And what would we say
And what would we mean
And what would we find
And what would we say
And what would we mean
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«Recebi a vida como um ferimento, e não deixei que o suicídio sarasse a cicatriz.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro Tamem. Prefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 123
«(...), os sustos da solidão e os farrapos da dor.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro TamemPrefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 115
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«Nós não falávamos. Que dizem um ao outro dois corações que se amam? Nada. Mas os nossos olhos exprimiam tudo.»
Conde de Lautréamont. Cantos de Maldoror. Trad. Pedro TamemPrefácio Jorge de Sena, 2ª edição, Moraes Editores,Lisboa, 1979, p. 120
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O Tempo é um Assassino
Estou a esquecer-me de ti.
Os dias passam e imagino que ainda aqui estás
Só depois percebo
O tempo é um assassino
Que empunha a grande faca e esfaqueia o corpo
– fazendo bifes, hambúrgueres e petiscos vários –
Daquele que em tempos foi um animal vivo.
O esquecimento serve apenas como prova do crime:
não sobrevivi.
Cláudia Lucas Chéu
Maio 2015
Os dias passam e imagino que ainda aqui estás
Só depois percebo
O tempo é um assassino
Que empunha a grande faca e esfaqueia o corpo
– fazendo bifes, hambúrgueres e petiscos vários –
Daquele que em tempos foi um animal vivo.
O esquecimento serve apenas como prova do crime:
não sobrevivi.
Cláudia Lucas Chéu
Maio 2015
terça-feira, 26 de maio de 2015
"Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós próprios.
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós próprios.
Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.
Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos Deuses.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos Deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não pensam"
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não pensam"
- Ricardo Reis, 1-7-1916
«É pobre aquele que tem medo da pobreza; eu não tenho medo.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 44
turíbulo
nome masculino
objeto do culto no qual se queima o incenso para a cerimónia da incensação;incensório
objeto do culto no qual se queima o incenso para a cerimónia da incensação;incensório
segunda-feira, 25 de maio de 2015
QUEIMAR LENTAMENTE
"Com lento amor olhava os dispersos
Tons da tarde. A ela comprazia
Perder-se na complexa melodia
Ou na curiosa vida dos versos.
Não o rubro elemental mas os cinzentos
Fiaram seu destino delicado,
Feito a discriminar e exercitado
Na vacilação e nos matizes.
Sem se atrever a andar neste perplexo
Labirinto, olhava lá de fora
As formas, o tumulto e a carreira,
Como aquela outra dama do espelho.
Deuses que habitam para lá do rogo
Abandonaram-na a esse tigre, o Fogo."
Tons da tarde. A ela comprazia
Perder-se na complexa melodia
Ou na curiosa vida dos versos.
Não o rubro elemental mas os cinzentos
Fiaram seu destino delicado,
Feito a discriminar e exercitado
Na vacilação e nos matizes.
Sem se atrever a andar neste perplexo
Labirinto, olhava lá de fora
As formas, o tumulto e a carreira,
Como aquela outra dama do espelho.
Deuses que habitam para lá do rogo
Abandonaram-na a esse tigre, o Fogo."
-"O Fazedor"
- Jorge Luís Borges
- Jorge Luís Borges
domingo, 24 de maio de 2015
Nunca tinha visto rir minha mãe.
«Nunca tinha visto rir minha mãe. Sorria apenas e olhava os homens com os seus olhos negros um pouco encovados, cheios de resignação e de bondade. Ia e vinha pela casa como um génio bom, fazia tudo sem esforço e sem ruído, como se as suas mãos tivessem um poder benfazejo e mágico reinando com bondade sobre as necessidades quotidianas.»
Nikos Kazantzakis. Carta a Greco. Trad. Armando Pereira da Silva e Armando da Silva Carvalho. Editora Ulisseia, Lisboa, p. 32
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