Mostrar mensagens com a etiqueta marguerite duras. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta marguerite duras. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 16 de abril de 2014

 « - Ele não quer que ela morra, ele proíbe-a de morrer, de certo modo, pelo facto de não querer a morte dela na vida dele, isso não, nunca.»


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 105
«Fica muito tempo com os olhos baixos, depois, subitamente, olha-a demoradamente como faríamos perante uma paisagem perturbadora e inalcançável, a do mar ou do vazio do céu.»


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 99

«Tão sós estavam no mundo, que já nada sabiam da solidão.»


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 95

terça-feira, 15 de abril de 2014

«Era preciso proteger aquela criança contra si mesma, contra aquela obscuridade que, a seu ver, era tão legível que ela a confundia com a sua própria natureza.»


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 74/5

Uma luz de um amarelo de iodo, sangrenta.

Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 74/5

She's always changing her mind...

«O Captain não queria ouvir falar dessas coisas. Deixava-a sem a ouvir. Não queria saber nada para além das generalidades. Recusava-se a entrar nos pormenores daquele mau humor.»

Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 74/5

Ela voltara a olhar para o chão, com vergonha de ter de morrer.


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 71
 «-Estou-me completamente nas tintas  para o que você escreve, isso é lá consigo.
   -Sim, é comigo, só comigo. Seja como for, farei o que quiser.
   -Sim, seja como for, Você só faz aquilo que decide, tem esse defeito.
   -Não tenho outra saída. Você não me deixa outra saída. Eu também não.
   -Menos. Você deixa-me ainda menos.
   -Também é verdade.
   Continuámos a falar assim. E depois você disse:
   - O que nós preferimos é escrever livros, um acerca do outro - e rimo-nos.»


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 62/3
« - O que me impede de escrever, é você. Você é muito infeliz por isso. Porque não escreve. Você não escreve porque sabe tudo acerca dessa coisa, essa coisa trágica que é escrever, fazê-lo ou não, não escrever, não conseguir fazê-lo, você sabe tudo. Você, é por ser um escritor que não escreve. Pode acontecer.»


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 58
«Não percebo bem o que quer saber de mim. Eu digo o que sei, que certas histórias são inapreensíveis, que são feitas de estados sucessivos sem conexão entre eles. Que são as histórias mais terríveis, aquelas que nunca se confessam, que vivem sem qualquer certeza, nunca.»



Marguerite Duras. Emily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 33

Como de costume, chorei.


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 55
«Você também não ouve porque acredita que há algo a compreender no que eu digo. Por isso, não ouve. As explicações aborrecem-no mais do que tudo.»


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 54
«Estou cheia das ressonâncias da guerra, e da ocupação colonial. Às vezes, quando oiço ordens berradas na língua alemã, dá-me vontade de matar alguém.»


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 53
«Falo-lhe ainda sobre o medo. Tento explicar-lhe. Não consigo. Digo: Está em mim. Segregado por mim. Vive de uma vida paradoxal, simultaneamente genética e celular. Está em mim. Sem linguagem para se manifestar. Visto de mais perto, é uma crueldade nua, muda, de mim para mim, alojada na minha cabeça, no calabouço mental. Estanque. Com surtidas para a razão, a verosimilhança, a clareza.
   Você olha-me e deixa-me falar. Olha para mais longe. Diz:
   -É o medo. O que acaba de descrever é o medo. É isso, não há outra definição.
   -Una cousa mentale.
   Você não me responde. E a seguir diz que é assim com toda a espécie de medo.»


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 52

« Viver o amor como o desespero.»

«A morte está posta a nu sob o vestido, a pele sob os olhos também, sob o seu olhar ferido e puro. De quando em quando o riso encobre o olhar, e ela recompõe-se desse riso, apavorada por tê-lo ousado. Olha então para o Captain, para saber. É então que o seu rosto se desnorteia e nos faz pensar.»


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 33

tímida ousadia

«É aqui, no sítio dos campos de cultivo, dos ulmeiros cinzentos, que se produz a inundação quotidiana.»


Marguerite DurasEmily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 29
Powered By Blogger