«-Estou-me completamente nas tintas para o que você escreve, isso é lá consigo.
-Sim, é comigo, só comigo. Seja como for, farei o que quiser.
-Sim, seja como for, Você só faz aquilo que decide, tem esse defeito.
-Não tenho outra saída. Você não me deixa outra saída. Eu também não.
-Menos. Você deixa-me ainda menos.
-Também é verdade.
Continuámos a falar assim. E depois você disse:
- O que nós preferimos é escrever livros, um acerca do outro - e rimo-nos.»
Marguerite Duras. Emily L. Tradução de José Carlos González. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 62/3