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sábado, 2 de fevereiro de 2019

«Flutuar à tona de água como um grande lírio.»


Arthur Rimbaud. Obra Completa. Edição Bilingue. Tradução de Miguel Serras Pereira e João Moita, Relógio D'Água, 2018., p. 51

''Sob a neve das rosas,''


Arthur Rimbaud. Obra Completa. Edição Bilingue. Tradução de Miguel Serras Pereira e João Moita, Relógio D'Água, 2018., p. 51

domingo, 11 de novembro de 2018

«Pelas estradas, por noites de Inverno, sem tecto, sem roupa, sem pão, uma voz estreitava o meu coração gelado: «Fraqueza ou força: tu aí estás, és a força. Não sabes nem aonde vais nem porque vais, entra em todo lado, responde a tudo. Não te hão-de matar mais do que se fosses um cadáver.» De manhã tinha o olhar tão perdido e o porte tão morto, que aqueles que encontrei talvez não me tenham visto

Arthur Rimbaud. Obra Completa. Edição Bilingue. Tradução de Miguel Serras Pereira e João Moita., Relógio D'Água, Lisboa, 2018., P. 343
« - Estou sentado, leproso, sobre os vasos partidos e as urtigas, ao pé de um muro corroído pelo sol.»

Arthur Rimbaud. Obra Completa. Edição Bilingue. Tradução de Miguel Serras Pereira e João Moita., Relógio D'Água, Lisboa, 2018., P. 339

«As rosas dos caniços há muito devoradas!»


Arthur Rimbaud. Obra Completa. Edição Bilingue. Tradução de Miguel Serras Pereira e João Moita., Relógio D'Água, Lisboa, 2018., P. 323

«Vou-me à polpa da fruta podre.»

Arthur Rimbaud. Obra Completa. Edição Bilingue. Tradução de Miguel Serras Pereira e João Moita., Relógio D'Água, Lisboa, 2018., P. 309

«Sei quem és: admiro-te em silêncio.»

Arthur Rimbaud. Obra Completa. Edição Bilingue. Tradução de Miguel Serras Pereira e João Moita., Relógio D'Água, Lisboa, 2018., P. 307

(...)

«Chorava abundantemente  com aquilo tudo. Por fim, desci a um lugar cheio de pó, e, sentado em cima de vigas, gastei todas as lágrimas do meu corpo naquela noite. - E no entanto o meu esgotamento voltava sempre.»

Arthur Rimbaud. Obra Completa. Edição Bilingue. Tradução de Miguel Serras Pereira e João Moita., Relógio D'Água, Lisboa, 2018., P. 275
OS DESERTOS DO AMOR

PRÓLOGO

   Estes escritos são de um jovem, de um homem muito jovem, cuja
vida decorreu não importa onde; sem mãe, sem pátria, indiferente a 
tudo o que já se sabe, fugindo de todo o dever moral, em nada dife-
rente de tantos outros jovens lastimáveis. Mas, nele, era tal o tédio e a
inquietação, que se limitou a encaminhar-se para a morte como para 
um pudor terrível e fatal. Não tendo amado as mulheres - embora
cheio de sangue! - a sua alma e o seu coração, toda a sua força, foram
educados por erros estranhos e tristes. Dos sonhos subsequentes - os 
seus amores! -, que lhe surgiram pelas camas e pelas ruas, da sua con-
tinuação e do seu fim, doces considerações religiosas talvez emanem.
Não esquecer o sono contínuo dos lendários Maometanos - bravos,
contudo e, circuncisos! Mas, dado que este sofrimento bizarro tem uma
autoriedade inquietante, deve desejar-se sinceramente que esta Alma,
perdida no meio de todos nós, e que, segundo parece, quer morrer, en-
contre nesse instante verdadeiras consolações e seja digna!


Arthur Rimbaud. Obra Completa. Edição Bilingue. Tradução de Miguel Serras Pereira e João Moita., Relógio D'Água, Lisboa, 2018., P. 273

terça-feira, 6 de novembro de 2018


«Estas mãos não lavaram as fraldas
Das pesadas crianças sem olhos.»


Arthur Rimbaud. Obra Completa. Edição Bilingue. Tradução de Miguel Serras Pereira e João Moita., Relógio D'Água, Lisboa, 2018., P. 267
«(...)

A minha mãe que subia para a cama com um ruído
-Filho do trabalho, porém - minha mãe , com suas coxas 
De mulher madura, seus rins bem grossos onde a roupa
Se enruga, deu-me aqueles calores que se calam!...

Uma vergonha mais crua e mais calma era
Quando a minha irmãzinha, ao chegar da escola,
As socas desgastadas de tanto andar sobre o gelo,
Mijava e via escorrer pelo lábio de baixo,
Rosa e apertado, um fio de urina enfezado!...»

Arthur Rimbaud. Obra Completa. Edição Bilingue. Tradução de Miguel Serras Pereira e João Moita., Relógio D'Água, Lisboa, 2018., P. 253
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