«O grande pássaro materno é um cadáver,»
Gérard de Cortanze. O movimento das coisas. Tradução de Isabel Aguiar Barcelos. Campo das Letras Editores, Porto, 2002., p. 116
Mostrar mensagens com a etiqueta Prémio Charles Vidrac. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Prémio Charles Vidrac. Mostrar todas as mensagens
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Ela ilude-se
na delícia dos rostos, entre
trincheiras guarnecidas com celusas. Todo
este calor superficial nos seus olhos
de sombra demasiado pura de metáforas,
estas desculpáveis indiscrições.
Ela curva-se, ondula. A calma medida da tempestade
atinge-a na forma mais viva do seu equilíbrio. Prisioneira
de um erudito desejo de agradar,
assemelha-se a essas águias enredadas
nas suas próprias lembranças: finge ignorar
os cavalos, o mar assombrado. Bruscamente,
compõe aos pés deliciosos do animal
um caniço cercado de silêncios
e de compridas tapeçarias.
Gérard de Cortanze. O movimento das coisas. Tradução de Isabel Aguiar Barcelos. Campo das Letras Editores, Porto, 2002., p. 95
na delícia dos rostos, entre
trincheiras guarnecidas com celusas. Todo
este calor superficial nos seus olhos
de sombra demasiado pura de metáforas,
estas desculpáveis indiscrições.
Ela curva-se, ondula. A calma medida da tempestade
atinge-a na forma mais viva do seu equilíbrio. Prisioneira
de um erudito desejo de agradar,
assemelha-se a essas águias enredadas
nas suas próprias lembranças: finge ignorar
os cavalos, o mar assombrado. Bruscamente,
compõe aos pés deliciosos do animal
um caniço cercado de silêncios
e de compridas tapeçarias.
Gérard de Cortanze. O movimento das coisas. Tradução de Isabel Aguiar Barcelos. Campo das Letras Editores, Porto, 2002., p. 95
Etiquetas:
autores franceses,
Gérard de Cortanze,
poesia,
Prémio Charles Vidrac
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Em ti desejava captar
a águia e os seus instintos.
Poder pintar o nevoeiro
da claridade solar.
Sinto que em ti palpita
o meu pensamento.
Depois do silêncio
virá uma fuga húmida.
Depois da tua natureza: uma curva
que respira. Os teus lábios
livres - purificados.
Gérard de Cortanze. O movimento das coisas. Tradução de Isabel Aguiar Barcelos. Campo das Letras Editores, Porto, 2002., p. 47
a águia e os seus instintos.
Poder pintar o nevoeiro
da claridade solar.
Sinto que em ti palpita
o meu pensamento.
Depois do silêncio
virá uma fuga húmida.
Depois da tua natureza: uma curva
que respira. Os teus lábios
livres - purificados.
Gérard de Cortanze. O movimento das coisas. Tradução de Isabel Aguiar Barcelos. Campo das Letras Editores, Porto, 2002., p. 47
Etiquetas:
autores franceses,
Gérard de Cortanze,
poesia,
Prémio Charles Vidrac
«Dormias, entre
lençóis de tesouras entrançadas.
Dormias.
Não me atrevi a tocar-te.
Gérard de Cortanze. O movimento das coisas. Tradução de Isabel Aguiar Barcelos. Campo das Letras Editores, Porto, 2002., p. 17
lençóis de tesouras entrançadas.
Dormias.
Não me atrevi a tocar-te.
Gérard de Cortanze. O movimento das coisas. Tradução de Isabel Aguiar Barcelos. Campo das Letras Editores, Porto, 2002., p. 17
Etiquetas:
autores franceses,
excerto,
Gérard de Cortanze,
Prémio Charles Vidrac
Subscrever:
Mensagens (Atom)