quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Em ti desejava captar
a águia e os seus instintos.
Poder pintar o nevoeiro
da claridade solar.

Sinto que em ti palpita
o meu pensamento.

Depois do silêncio
virá uma fuga húmida.
Depois da tua natureza: uma curva
que respira. Os teus lábios
livres - purificados.



Gérard de Cortanze. O movimento das coisas. Tradução de Isabel Aguiar Barcelos. Campo das Letras Editores, Porto, 2002., p. 47

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