A arte progressista pode ajudar as pessoas a aprender
não apenas sobre as forças objetivas em ação na
sociedade em que vivem, mas também sobre o caráter
intensamente social de suas vidas interiores. Em última
análise, ela pode incitar as pessoas no sentido da
emancipação social. (DAVIS, 2017, p.166.)
DAVIS, Angela, Mulheres, Cultura e Política. (trad. Heci Regina Candiani). São Paulo: Boitempo,
2017.
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quarta-feira, 22 de abril de 2020
''A liberdade é uma luta constante ''
Não é, pois, fortuito que Angela Davis conclua o último capítulo de
Mulheres, raça e classe, ratificando essa convicção e, ao mesmo tempo, defendendo a necessidade da “abolição das tarefas domésticas enquanto responsabilidade privada e individual das mulheres negras” como um “objetivo estratégico da libertação feminina” (DAVIS, 2016, p. 244).
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«Para impedir seu avanço e combater a proliferação de seus discursos,
mesmo após o fim oficial do trabalho escravo, pelo menos quatro milhões
de pessoas alforriadas já haviam se dado conta de que “o conhecimento torna uma criança inadequada para a escravidão.” (DOUGLASS apud DAVIS,
2016, p. 108)»
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“a definição tautológica de pessoas negras como
serviçais é, de fato, um dos artifícios essenciais da ideologia racista.”
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016, 244p.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016, 244p.
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«(...)chama particular atenção à precária condição das
mulheres de origem africana: como negras, as escravas eram submetidas a todo
tipo de práticas disciplinares e punitivas, por exemplo, com chibatadas, privações e mutilações. Além disso, como mulheres, estavam suscetíveis a estupros
e abusos sexuais cotidianos, como parte do expediente de apropriação material
e econômica de seus corpos, levada a termo por seus possuidores legais. Como
a autora observa, quando era lucrativo explorá-las como se fossem homens, as
escravas eram tratadas como se não possuíssem um gênero (genderless), sendo
alocadas para realizar os serviços mais árduos, degradantes e penosos. Não
obstante, quando elas podiam ser exploradas, punidas e reprimidas de formas
cabíveis somente às mulheres, elas permaneciam compulsoriamente reféns de
suas funções “naturais” de “fêmeas”. »
sobre Angela Davis.
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«Angela Davis, é uma das mulheres mais proeminentes, não apenas para os estudos interseccionais, mas também para os
movimentos sociais que buscam combater, na prática, as estruturas gerativas
das assimetrias de gênero, raça e classe, em todas as suas formas.»
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