quarta-feira, 22 de abril de 2020

«(...)chama particular atenção à precária condição das mulheres de origem africana: como negras, as escravas eram submetidas a todo tipo de práticas disciplinares e punitivas, por exemplo, com chibatadas, privações e mutilações. Além disso, como mulheres, estavam suscetíveis a estupros e abusos sexuais cotidianos, como parte do expediente de apropriação material e econômica de seus corpos, levada a termo por seus possuidores legais. Como a autora observa, quando era lucrativo explorá-las como se fossem homens, as escravas eram tratadas como se não possuíssem um gênero (genderless), sendo alocadas para realizar os serviços mais árduos, degradantes e penosos. Não obstante, quando elas podiam ser exploradas, punidas e reprimidas de formas cabíveis somente às mulheres, elas permaneciam compulsoriamente reféns de suas funções “naturais” de “fêmeas”. »

sobre Angela Davis.

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