domingo, 17 de março de 2019

Soneto de abril
Evoé! de pâmpano os soldados  
rompem do tempo em que Evoé! a terra 
salvé rainha descruzando os braços 
com seu pé de papiro pisa a fera.
Na écloga dos rostos despontados  
onde dos corvos se retira a treva, 
de beijo em beijo as ruas são bailados  
mudam-se as casas para a primavera.
Evoé! o povo abre o touril 
e sai o Sol perfeitamente Abril  
maravilha da Pátria ressurrecta.
Evoé! evoé! Tágides minhas 
outras vez prateadas campainhas 
sois na cabeça em fogo do poeta.


- Natália Correia, em "PoemAbril- antologia de autores. [organização Carlos Loures e Manuel Simões]. Coimbra: Fora do Texto - Cooperativa Editorial de Coimbra, 1994.

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