sexta-feira, 11 de março de 2016

O abismo tem sede de abismo


«Triste, lembro-me de haver caminhado para ti,
entre gritos delirantes de um povo na sua festa.
Que tens, ó minha alma, que estremeces de me-
                  lancolia?
Porquê gemer e não cantar Aquele
onde se apoia a tua face?

Sobre os montes do exílio tua lembrança me
                 enlouquece.
O abismo tem sede de abismo (...)»



O Bebedor Nocturno. Antologias Universais. Versões de Herberto Helder. Portugália., p. 43

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