quarta-feira, 23 de setembro de 2015
A NOITE
Que a noite diga à noite o que ilumina
e nos ordene o verso. Vem, noite antiga,
desprendida da lua e das fogueiras,
retira às coisas vãs toda a medida,
vem despir-te solene à minha beira.
Seja outra noite a noite. Outro o caminho.
Outro o vento a perder-se nas bandeiras.
Luís Filipe Castro Mendes. Poesia Reunida (1985-1999) com o livro inédito OS AMANTES OBSCUROS. Quetzal Editores, Lisboa, 1999., p. 369
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