POZZO (...) « O ar esta noite tem qualquer coisa de outono. (Pozzo acaba de vestir o casaco, dobra-se, verifica se está bem, endireita-se.) Chicote! (Luckey avança, dobra-se, Pozzo arranca-lhe o chicote da boca, Luckey volta ao seu lugar.) Pois é, meus senhores, não posso passar muito tempo sem conviver com os meus semelhantes (põe os óculos e olha para os dois semelhantes) mesmo quando a semelhança é imperfeita.»
Samuel Beckett. À espera de Godot. Trad. de José Maria Vieira Mendes. 3ª edição, Edições Cotovia, 2006., p. 34/5
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