« (...) sobre a relação entre Literatura e Loucura que é, desde sempre, uma relação complexa e fecunda . Na literatura italiana do século XX, por exemplo, ela manifesta-se através da voz de grandes escritores, como Italo Svevo, que em La coscienza di Zeno cria a personagem do alienado e do «anormal» que é mais «normal» de muitos outros. Ou de Luigi Pirandello que, à volta da temática da loucura, constrói as suas melhores obras teatrais; ou de Cesare Pavese, que igualmente fala de marginalização social e do «ser diferente»; ou ainda Italo Calvino, que cria a ambígua personagem de Palomar, um alieno neste mundo, um estranho.
São todos autores que falam da loucura. Dino Campana não fala dela, mas vive-a na pele, no corpo martirizado, na alma atormentada e recria-a através do poder mágico das palavras.
Nele, a Vida transforma-se, definitivamente, em Literatura.»
Rita Ciotta Neves. Dino Campana, Um Poeta Maldito (seguido da tradução de quatro poemas) .Babilónia n.3 pp. 115
São todos autores que falam da loucura. Dino Campana não fala dela, mas vive-a na pele, no corpo martirizado, na alma atormentada e recria-a através do poder mágico das palavras.
Nele, a Vida transforma-se, definitivamente, em Literatura.»
Rita Ciotta Neves. Dino Campana, Um Poeta Maldito (seguido da tradução de quatro poemas) .Babilónia n.3 pp. 115
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