o tempo percorre a espinha dorsal, a espinal medula
o céu está vermelho como o inferno
olha comigo como vamos juntos a lado nenhum
se eu fizesse sentido isto quereria dizer alguma coisa
escapar-me-á a entrelinha, o sobressalto
a esquina dos teus olhos virei-a há um segundo
e eu continuo a querer coisas que se apagam como fósforos
nenhum olhar me trará a tua luz
Susana Almeida
segunda-feira, 5 de julho de 2010
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