domingo, 22 de dezembro de 2019

''brancos ramos de árvore''

João Miguel Fernandes JorgeO Roubador de Água. Assírio & Alvim, Lisboa. 1981., p. 43

«tinha as mãos limpas e não fumava»

João Miguel Fernandes JorgeO Roubador de Água. Assírio & Alvim, Lisboa. 1981., p.  43

maçã ácida


«Entrego ao sonho a dor»

João Miguel Fernandes JorgeO Roubador de Água. Assírio & Alvim, Lisboa. 1981., p. 39

«e traz o coração entre duas a-
feições.»

João Miguel Fernandes JorgeO Roubador de Água. Assírio & Alvim, Lisboa. 1981., p. 37

«Não arde a neve alta.»

João Miguel Fernandes JorgeO Roubador de Água. Assírio & Alvim, Lisboa. 1981., p. 34

''blusa velha''

pegureiro

pe.gu.rei.ro
pəɡuˈrɐjru
nome masculino
aquele que guarda gadopastorzagal

''asa rutilante''

João Miguel Fernandes JorgeO Roubador de Água. Assírio & Alvim, Lisboa. 1981., p. 25

«Tinha um colar e o olhar ferido»

João Miguel Fernandes JorgeO Roubador de Água. Assírio & Alvim, Lisboa. 1981., p. 25


«(...)                                             Estende-
-me um cigarro, conta-me os reclames do
extenso muro, os seus amores.

Sem fim. Sem caminho. Eu gosto da preguiça
desta praça. Sob este céu e chuva
lembro-me mais daquilo que não fui.»


João Miguel Fernandes JorgeO Roubador de Água. Assírio & Alvim, Lisboa. 1981., p. 22

«(...) e os olhos sofrem.»

João Miguel Fernandes JorgeO Roubador de Água. Assírio & Alvim, Lisboa. 1981., p. 21

«Negro escravo para uma farda brilhante»

João Miguel Fernandes JorgeO Roubador de Água. Assírio & Alvim, Lisboa. 1981., p. 17

«os olhos já lá não estão há muito.»

João Miguel Fernandes Jorge. O Roubador de Água. Assírio & Alvim, Lisboa. 1981., p. 16

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019


exautoração

 /z/
e.xau.to.ra.ção 
izawturɐˈsɐ̃w̃
nome feminino
1.
ato ou efeito de exautorar, de retirar a autoridade ou o poder que haviam sido conferidos a
2.
destituição de cargo, posto, etc.exoneração
3.
diminuição de valor, prestígio, etc.depreciação

amiserar

a.mi.se.rar 
ɐmizəˈrar
verbo transitivo
despertar a piedade de
verbo pronominal
1.
compadecer-se, apiedar-se
2.
lamentar-se, queixar-se

indefensão, indefenso

epifenómeno

e.pi.fe.nó.me.no
epifəˈnɔmənu
nome masculino
1.
FILOSOFIA fenómeno secundário e acessório que acompanha outro reputado primário
e acidental
2.
MEDICINA sintoma que sobrevém numa doença  declarada

a.po.ri.a

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019


Ainda tem necessidade de fotografar?
Tenho mais necessidade de escrever e de ler sobre fotografia do que de fazer fotografia. A fotografia para mim hoje tornou-se um fenómeno quase fantasma. Olho para certas coisas e vejo que ela é tão, tão fotografia que já não posso fotografá-la. O processo de beleza e de arte estão em diálogo. Quando você olha para uma flor e diz que é linda, você pode estar certa que ela também está achando você bonita. No diálogo as duas coisas não se desprezam, não se esquecem, atraem-se. O diálogo existe mesmo. Como existem várias coisas que me preocupam ligadas à arte e à própria fotografia. A questão da escuta é uma tese que ando a desenvolver.

E significa o quê?
Significa a escuta como uma memória, é uma ajuda. É que a memória é traiçoeira. Então penso no gesto. O que é o gesto? O gesto na arte, o teu gesto para fazer uma gravura é diferente do gesto de fazer uma pintura. O teu gesto significa o tempo para fazer uma escultura ou um desenho. O gesto é uma coisa real e precisa como um eletrocardiograma. Você pega uma pintura e põe e tira, depois põe e tira, até ao momento em que ela se fecha mas você não tem tempo para ficar. A escultura também você tira tanto, tanto, que chega a uma certa altura e pensa: o que é que foi importante? O que tirei ou o que ficou? Veja a experiência do cinema. Toda a gente sabe que um filme só é bom e está pronto quando é cortado no fim, a montagem é que é a definição do filme. É onde fica essa relação do que ficou e do que foi tirado. Se eu fosse cineasta ia aproveitar isso para fazer um filme sobre a saudade.

Teve saudades?
Saudades do que ficou. A saudade é tão importante que no campo da arte ela é não só saudade do que você já fez, como também saudade do futuro, do que tem de fazer.

"ocultagens"

«(...) Acho que a imagem tem um nome: futuro.P

orquê futuro?Porque quando temos um passado esse passado é aquilo que fica e que nos dá a liberdade de criar o futuro. A única vantagem do passado é a de nos tornar livres. Depois temos o presente. O presente não é mais do que o arquivo, o museu, a lembrança, o acervo disponível e o futuro é exatamente aquilo que nós somos, todos os dias. Quando a gente se levanta, a gente é o futuro. Então essa é a grande lembrança do que é que significa a memória, a nossa infância. Estamos sempre a nascer, porque o futuro está à espera. Nós não vamos atrás dele. Então as minhas primeiras imagens são exatamente essas: a consciência do futuro.»

Fernando Lemos


RETRATAÇÃO de Victor Ferreira Rocha from JumpCut on Vimeo.
NEM PÉS NEM CABEÇA
A propósito do poema em prosa

Inimigo Rumor. Livros Cotovia., p. 3

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019


frontispício

fron.tis.pí.ci.o
frõtəʃˈpisjufrõtiʃˈpisju
nome masculino
1.
ARQUITETURA fachada principal de um edifíciofrontaria
2.
página inicial de um livro, que contém o título, o nome do autor, a editora, etc.rosto
3.
coloquial facecara

Mar & Matrimónio

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974.

«Sem franqueza no sangue»

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 58

«O sol na boca grávida''

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 55
«o osso é cada vez mais espiga
a espiga cada vez mais osso»

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 54

''no poço dos joelhos''

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 48
«A tua dor
E o teu orgasmo»

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 41

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019


morabeza

 Cabo Verde
mo.ra.be.za
morɐˈbɛzɐmɔrɐˈbezɐ
nome feminino
amabilidade, afabilidade

''Todo o sangue do teu corpo peregrino''

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 39

''joelhos de sol''

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 23

'' Nem mar nem céu ''

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 19

(...)

« Amando
                   no útero das veias
                             a voz uterina dos navios.»

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 16

''Um silêncio de tantas portas''

Corsino Fortespão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 10

''Um coração de terra batida''

Corsino Fortes. pão & fonema. Livraria Sá Da Costa. 1ª edição, 1974., p. 8

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

categoria de não-merecimento de amor


“Uma gralha vestida de pavão, não é reconhecida nem pelas gralhas nem pelos pavões” (Esopo, 620 – 564 a.C.)

''Disse em 2001, a OMS: “A depressão grave é actualmente a principal causa de incapacitação em todo o mundo e ocupa o 4º lugar entre as 10 principais causas de patologia, a nível mundial. Se estiverem correctas as projecções, caberá à depressão, nos próximos 20 anos, a dúbia distinção de ser a 2ª das principais causas de doenças no mundo (…) Um milhão de pessoas cometem anualmente suicídio. Entre 10 e 20 milhões tentam suicidar-se.”
''Disforias, eutimias, euforias e demais interpretações de ânimos ''

domingo, 1 de dezembro de 2019

'' a noite é como uma mulher nua.''


Paula Cristina Lima Freitas
15 anos
Escola Secundária da Lagoa, Lagoa, Portugal


Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 181

(...)

«Amo alguém tristemente
que, na fúria da mente,
me enlouqueceu.
Amo alguém que, em sua vida,
encontrou a saída
e me esqueceu.»

Mayra Alessandra Bighete S. Lutus
14 anos
S. Paulo, Brasil

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 176

''lua aveludada''


«(...)                               Quem
grita no escuro apelando a morte?»


Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 171

''Desgostos já tanto chorados.''


Cláudia Sofia Ponosca Palmeiro
13 anos
Cacém, Portugal


Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 169

''Mula-sem-cabeça''

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 161

''Suponha que eu pense, e não possa pensar.''



Patrícia Menezes Pedreira da Silva
13 anos
Rio de Janeiro, Brasil


Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 159

sobrevém

''ondas gordas e cheias de espuma''

Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 150

''brilho de perdão''



Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 136

''A vida é um pesadelo,
P'ra quem o tem no coração.''


Ana Catarina Alves Duarte
11 anos
Lisboa, Portugal


Cancioneiro Infanto-Juvenil para a Língua Portuguesa. 2º Concurso Poético. Vol.IV O Sonho Vem Pela Cabeça. Instituto Piaget, Lisboa, 1992., p. 135
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