« A única forma possível é a narração, porque a substância da consciência é o tempo.»
Juan José Saer. Cicatrizes. Traduzido do castelhano (Argentina) Pedro Miguel Mochila. Cavalo de Ferro, Lisboa, 2016., p. 58
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José Régio. Há mais mundos. Círculo de Leitores, 1973., p. 95
« Ainda não há muito que sobretudo os poetas tuberculizavam, ou se suicidavam, ou, de qualquer modo, feneciam na flor dos anos lastimando-se aniquilados, perdidos, prontos para o fim: talvez pelos desvarios da imaginação e dos sentidos, durante vidas curtas mas longas em peripécias devastadoras.»
José Régio. Há mais mundos. Círculo de Leitores, 1973., p. 84
«Todo o literato mais ou menos falhado tem uma invencível necessidade de falar de si e da sua obra; até de dar nas vistas.»
José Régio. Há mais mundos. Círculo de Leitores, 1973., p. 76
«Todos reconhecemos que os camaradas literatos nada merecem uns aos outros. A mim, o que me defende é a minha obscuridade.»
José Régio. Há mais mundos. Círculo de Leitores, 1973., p. 66
Juan José Saer. Cicatrizes. Traduzido do castelhano (Argentina) Pedro Miguel Mochila. Cavalo de Ferro, Lisboa, 2016., p. 49
Juan José Saer. Cicatrizes. Traduzido do castelhano (Argentina) Pedro Miguel Mochila. Cavalo de Ferro, Lisboa, 2016., p. 41
Juan José Saer. Cicatrizes. Traduzido do castelhano (Argentina) Pedro Miguel Mochila. Cavalo de Ferro, Lisboa, 2016., p. 30
«(...), despia-me e sentava-me a fumar e a beber gim a pequenos goles. Deixava-me ficar ali até se começar a ver o primeiro lampejo de claridade diurna. Às vezes masturbava-me.»
Juan José Saer. Cicatrizes. Traduzido do castelhano (Argentina) Pedro Miguel Mochila. Cavalo de Ferro, Lisboa, 2016., p. 21
Juan José Saer. Cicatrizes. Traduzido do castelhano (Argentina) Pedro Miguel Mochila. Cavalo de Ferro, Lisboa, 2016., p. 19
« Vai-se ver e não está a pensar em nada: vai-se a ver e até as mamas desapareceram e agora não têm nada lá dentro, texturas somente, as paredes negras, áridas, corroídas pela ferrugem de velhas memórias e pensamentos, um negror húmido, verde-escuro, sem quaisquer zonas iluminadas, nem o eco da luz pálida nem o do som brumoso que é o horizonte de ruído que rodeia o cone iluminado pelo candeeiro cuja luz se desdobra sobre a mesma de bilhar,(...)»
Juan José Saer. Cicatrizes. Traduzido do castelhano (Argentina) Pedro Miguel Mochila. Cavalo de Ferro, Lisboa, 2016., p. 13
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 84
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 79
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 75
« Então chegou a república. Ganhavam os homens doze ou treze vinténs, e as mulheres menos de metade, como de costume. Comiam ambos o mesmo pão de bagaço, os mesmos farrapos de couve, os mesmos talos. A república veio despachada de Lisboa, andou de terra em terra pelo telégrafo, se o havia, remendou-se pela imprensa, se a sabiam ler, pelo passar de boca em boca, que sempre foi o mais fácil.
« Tanto mais duvidamos quanto mais sabemos, ou julgamos saber. E sobre nós mesmos, homens, se torna ainda maior a nossa perplexidade! Por certo somos mais complicados que as pedras e as plantas, os animais a que negamos razão e até os fenómenos siderais. Quem sabe? talvez nos nem convenha sabermos demais sobre nós mesmos!
José Régio. Há mais mundos. Círculo de Leitores, 1973., p. 31José Régio. Há mais mundos. Círculo de Leitores, 1973., p. 30
« já não tenho manias, só tenho dores e ansiedade e já sei bem o que me vai acontecer. não diga isso, e olhe que eu não vejo os pássaros por casmurrice, ó senhor pereira. eu não disse isso, mas podia ser. eu sei lá porque os vejo, às vezes vejo coisas com uma clareza que custa a crer que a imaginação tenha tanto talento.»
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 289Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 286
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 282
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 279
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 264
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 264
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 248
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 200
« olhe, hoje é possível reviver o fascismo, quer saber. é possível na perfeição. basta ser-se trabalhador dependente. é o suficiente para perceber o que é comer e calar, e por vezes nem comer, só calar.»
Valter Hugo Mãe. A máquina de fazer espanhóis. Prefácio Caetano Veloso. Porto Editora, 19ª Edição, 2016 p. 200