quinta-feira, 9 de abril de 2015



«Por que motivo as palavras da incompreensão ou da injustiça te penetram até ao íntimo do teu coração, senão porque és ainda carnal e dás ainda aos homens uma importância que não merecem? Porque temes ser desprezado, não queres ser repreendido pelos teus defeitos e procuras encobri-los com a sombra de algumas desculpas?


2. Entra bem no conhecimento de ti mesmo e verás que o mundo ainda vive em ti, pelo desejo que tens de agradar aos homens. Fugindo de ser abatido e confundido por causa de teus defeitos, é visível que não és verdadeiramente humilde, nem verdadeiramente morto para o mundo, e que o mundo não está verdadeiramente morto para ti.
   Ouve as minhas palavras e não farás caso das palavras que os homens disserem. Quando eles disserem contra ti quanto a malícia pode inspirar, que danos receberias dessas injúrias, se as desprezasses como palha que voa pelo ar?
   Elas todas juntas não teriam força para fazer-te saltar da cabeça um só fio de cabelo.

3. Quem não anda recolhido interiormente e não traz Deus diante dos olhos, irrita-se com a menor palavra que o ofende. Mas quem confia em mim e não se aferra ao próprio juízo, nada teme da parte dos homens.
  Eu sou o juiz que conhece todos os segredos do coração humano. Eu sei como as coisas se passaram. Conheço, perfeitamente, quem faz a injúria e quem a sofre.
   Por minha ordem é que sofres. Por permissão minha é que este mal te sucede, para que se descubram os pensamentos ocultos no coração de muitos.
   Eu julgarei algum dia o inocente e o culpado; mas, por um juízo secreto, quero primeiro provar um e outro.»



in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 130
«Que coisas são as palavras dos homens, senão palavras? Elas voam pelo ar, mas não podem ferir a firmeza da pedra. Se, com efeito, és culpado, serve-te do que te dizem contra ti para te emendares. Se o não és, alegra-te de sofrer essa injúria pelo amor de Deus. Bem é que sofras, pelo menos, a tortura das palavras injustas, já que não podes sofrer graves tormentos.»



in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 129

beneplácito


nome masculino

aprovação dada a um acto; licença; consentimento

«Ponde na minha boca palavras sinceras e verdadeiras e apartai da minha língua a leviandade e o artifício, pois quero evitar em mim o que não quero sofrer nos outros.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 129

Mulher junto ao seu quarto de dormir (Lindoso, 1991)


«Nós, fracos e inconstantes, facilmente nos mudamos e deixamos enganar.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 127
«Vale mais que apartes os olhos daquilo que não te agrada, deixando a cada um a liberdade de pensar como lhe parecer, do que te embaraçares em argumentos e disputas.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 127
«1. Cristo - Filho, deves conduzir-te em muitas coisas como os ignorantes e considerar-te como morto sobre a terra e o mundo morto para ti.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 127
«Mas eu não me comunico igualmente a todos. A uns digo coisas comuns; a outros ensino coisas particulares; descubro-me a alguns através de sombras e figuras; e revelo a outros, com muita clareza, os meus mistérios.»


in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 126

Agrelos, Trás-osMontes 1981


«O HOMEM DE SI NADA TEM DE BOM»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 122

''doces e artificiosas palavras''

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 121

''luta valorosamente e conforta o teu coração''

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 118
«Nada há que não devas sofrer de boa vontade, por meu amor. Pondo os olhos em mim, os trabalhos, as dores, as tentações, as perseguições, os desastres, a pobreza, as enfermidades, as injúrias, as murmurações, as repreensões, os abatimentos, as confusões, as correcções, os desprezos, devem ser doces.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 118

forcejar


1. esforçar-se (por); diligenciar (por); empenhar-se (em)
2. lutar (contra), utilizando a força

XXVII - O AMOR-PRÓPRIO NOS AFASTA DO SUMO BEM

« 1. Cristo - Filho, se me queres possuir todo, dá-me tudo de ti sem nada reservares.
   Lembra-te de que nada é mais nocivo do que o amor-próprio. Conforme o amor e a afeição que tiveres, assim estarás preso ao seu objecto.
   Se o teu amor for puro, simples e bem regulado, nenhuma coisa cativará a tua liberdade.
   Não desejes o que não te for lícito possuir. Não queiras ter o que pode servir-te de embaraço e privar-te da liberdae interior. É bem estranho que não te entregues a mim de todo o coração, com tudo o que podes desejar ou possuir nesta vida.»


in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 107

''mansos de coração''

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 105
«Eu não duvidaria falar-te e descobrir-te os meus segredos, se esperasses atentamente a minha visita e abrisses a porta do teu coração.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 104

pensamentos iníquos

«Abrirei as portas do cárcere e mostrar-te-ei as saídas mais secretas.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 103

«Sou miserável e considero-me preso e carregado de ferros, (...)»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 100

«tudo o que me dais, ou me descobris, ou me prometeis,»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 99

concupiscência


nome feminino

1. atração pelos prazeres materiais e/ou sensuais
2. desejo sexual intenso
3. cobiça

«(....) grande império que a concupiscência carnal exerce sobre a alma.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 98

guerra interior


«(...) sobre este abismo de fragilidade que há em mim e que Vós conheceis melhor do que eu.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 97
«Mas, seja pouco ou muito o que sofres, sofre-o com paciência.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 96
«Vivi em pobreza extrema, ouvi frequentes queixas contra mim. Sofri murmurações e injúrias atrozes.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 95

«Os homens e as suas palavras passarão como um relâmpago.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 91

'' meus ossos estremecem de medo ''


in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 90

"Ninguém me encomendou o sermão, mas precisava de desabafar publicamente. Não posso mais com tanta lição de economia, tanta megalomania, tão curta visão do que fomos, podemos e devemos ser ainda, e tanta subserviência às mãos de uma Europa sem valores"

Miguel Torga, 1993

quarta-feira, 8 de abril de 2015

"O homem é um ser paradoxal relativamente a si e ao mundo que o cerca: dominou a maior parte das forças que a natureza lhe opunha, criou e descobriu novas formas de energia, reduziu o espaço e o tempo pela velocidade, poupou as suas forças e diminuiu o seu cansaço, alongou o dia e encurtou a noite, embelezou o que não era belo, criou novas formas de vida, espiritualizou uma parte da sua conduta, mas esqueceu-se de si mesmo. O homem, na sua totalidade, nunca se fez tema para o homem.

- Delfim Santos, "Da Ignorância", in revista Aventura, 1943.
- Que interesse tem ficar a conhecer-se o nome de uma coisa, se não se conhece a coisa?
- É útil para as conversas.

Boris Vian,
in «O Outono em Pequim»
(trad. Luiza Neto Jorge)

«Aprende a obedecer, pó soberbo; aprende a abater-te, terra e cinza, e a querer ser bem pisada aos pés de todos. Aprende a quebrar as tuas vontades e a entregar-te à sujeição.»


in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 90
«2. Mas, porque ainda te amas desordenadamente, receias sujeitar-te à vontade dos outros.»


in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 90

«(...), se o teu coração não estiver dividido contra ti.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 89

«(...) se desejas que a tua carne também te obedeça.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 89

«(...) a sua carne ainda não lhe obedece perfeitamente, mas resiste e murmura muitas vezes.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 89
«(...) compras as breves delícias desta vida pelo preço da morte eterna das suas almas.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 89
«Ainda que eu faça por ter paz, a minha vida será sempre acompanhada de perturbações e dores.»

in Imitação de Cristo

Livro Terceiro. A Fonte das Consolações, p. 88

''apetecida sujeição''


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