Clepsidra

Fifteen-year-old Maria Dolezalova is sworn in as a prosecution witness at the RuSHA Trial. Dolezalova was among the children kidnapped by ...

Esta noite de espera deixa-me uma aberta para o exterior e o interior. Não distingo claramente. Talvez grandes máscaras deterioradas, agr...

Também possuo uma vida e devo vivê-la. Nada de vinganças; que poderia, mais uma morte, arrancar à morte, sobretudo uma morte violenta? E ...

E ela teima em preparar o hidromel e a comida para os mortos que já não têm sede e não têm fome e não têm boca e já não sonham reabilitações...

XII   Este quarto tornou-se um poço profundo. O candeeiro é uma estrela pregada na água. A cama infantil no seu lugar; os lençóis, por agora...

« O excesso desta dor na alma é-me um castigo.» Jean Racine . Berenice. Edição bilingue. Versão portuguesa de Vasco Graça Moura. Bertran...

Pois, Senhora!, É preciso mostrar quão grande alma em vós mora. Decerto o golpe é rude e a vós deve espantar. Jean Racine . Berenice. E...

«São fracas distracções para esta dor tão grande!» Jean Racine . Berenice. Edição bilingue. Versão portuguesa de Vasco Graça Moura. Bert...

«Parti, sem ver-me nunca mais.» Jean Racine . Berenice. Edição bilingue. Versão portuguesa de Vasco Graça Moura. Bertrand Editora, Chia...

«(...) Esbofeteei-a cegamente. Ela abriu de novo os olhos. Amanhecia e eu via-os brilhar de lágrimas e de raiva; debrucei-me sobre ela; acho...

«Senhor, esse ódio é ainda orgulho e há-de nos peitos resistir depois da liberdade.» Jean Racine. Berenice. Edição bilingue. Versão port...

Tão pronta retirada, confesso, deixa em mim alguma dor marcada. Jean Racine. Berenice. Edição bilingue. Versão portuguesa de Vasco Graça...

Todo aquele que nasce nas águas do luto, pressagia a chama a ruína oculta da palavra, que há-de buscar no deserto o véu mais pesado dos cé...

«Imaginai-me a dor, em mim, a arder em chama» Jean Racine. Berenice. Edição bilingue. Versão portuguesa de Vasco Graça Moura. Bertrand E...

Não, nunca a odiei tão pouco em toda a minha vida. Jean Racine. Berenice. Edição bilingue. Versão portuguesa de Vasco Graça Moura. Bertr...

«E o que responderia eu a um Homem que não pensa nada e não sabe mesmo construir aquilo que pensa.» Jean Racine. Berenice. Edição bilingu...

«Só uma coisa conta, que é vingarmo-nos e vingarmo-nos da forma mais completa.» Boris Vian . Irei cuspir-vos nos túmulos. Sob o pseudónim...

“A arte é longa, o tempo curto, a ocasião (KAIROS) fugidia, a experiência enganosa.”

«O prazer da destruição é ao mesmo tempo o prazer da criação.» Hans Magnus Enzensberger. Mausoléu. Trad. e prefácio de João Barrento. E...

« Mas da casca nasce uma concha dura que protege o corpo como uma carapaça. Por isso não tenho nada a relatar da minha vida a não ser as min...

  «Ides embora? Boa-noite. Não irei. Boa-noite. Sairei mais tarde. Obrigada. Porque afinal necessito de sair desta casa degradada, ver um po...

  «Esta casa já não pode suportar-me. Eu já não posso carregá-la no dorso. É necessário ter sempre cuidado, ter muito cuidado, escorar a par...

(...)   Deixai-me ir convosco.   Quando há luar as sombras alongam-se pela casa, mãos invisíveis afastam as cortinas, um dedo pálido escreve...

«Versos há - poemas inteiros às vezes/ quem nem eu mesmo sei o que querem dizer./ O que não sei me detém ainda./ Tens razão para me pergun...

« A metamorfose procurámo-la na nossa juventude » Yorgos Seferis. Poemas Escolhidos . Trad. de Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pratisin...

« existem acaso aqui onde se encontra a passagem da chuva do vento e do desgaste existem o movimento do rosto traçado do carinho daquel...

«(...) Todas as suas obras apodreceram e enferrujaram, e ele próprio queimou os seus papéis, desenhos e projectos. Desempenhou um papel impo...

« ... Lembremo-nos, pois, como é difícil fazer bem à espécie humana sem que ela nos pague com maldade o bem que lhe fizemos.» Hans Magnu...

Dá-me as tuas mãos, dá-me as tuas mãos, dá-me as tuas mãos.   Vi dentro da noite o cimo agudo do monte vi além a planície inundada com a luz...

  Quid campo de plátanos opacissimus?   O sono envolveu-te, como uma árvore, com folhas verdes, respiravas, como uma árvore, na luz tranqui...

« O que restar da carne e do pão, queimá-lo-eis no fogo.» ( Levítico ; p. 144)

«Voltamos a embarcar com os nossos remos partidos.»       Yorgos Seferis. Poemas Escolhidos . Trad. de Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pra...

Lembra-te dos banhos em que foste afogado Acordei com esta cabeça de mármore nas mãos que extenua os meus cotovelos e não sei onde pousá-l...

«O fogo do altar deverá ali arder sem se extinguir. O sacerdote ateá-lo-á com lenha todas as manhãs, disporá sobre ela o holocausto e queima...

«(...) receberá o perdão da falta de que se tornou culpado.» ( Levítico ; p. 141)

Não, isto não é uma prisão. Deve ser uma oficina. Aqui trabalha-se. Não podes deixar de ver grandes ferramentas, guinchos, plataformas eleva...

« Um século que pensa em libertação e imagina prisões.»     Hans Magnus Enzensberger . Mausoléu . Trad. e prefácio de João Barrento. Edições...

 Uma loucura diferente da nossa: a loucura de um clássico. Claro, seco e lacónico. Naquele tempo era tudo mais pequeno. Era quase um anão, n...

«O vaticínio Dez anos antes da vinda dos Espanhóis, o primeiro sinal. Era como uma língua de fogo no céu, como uma chama, como qualquer cois...

Film 'Control', Ian's Death (Last Scene)  :  Um longo e rigoroso rio...

«Poucas coisas me aconteceram e muitas li.» Jorge Luís Borges . O fazedor. Trad. de Miguel Tamen. Difel, Lisboa., p.137

Eu, que tantos homens fui, não fui jamais Aquele em cujo abraço desfalecia Matilde Urbach. Gaspar Camerarius, in DELICIAE POETARUM BORUSS...

Morreram outros, mas isso aconteceu no passado, Que é a estação (ninguém o ignora) mais propícia à morte. É possível que eu, súbdito de Ya...

«Este deserto inacessível À sombra dos melancólicos ramos.» -Como tu gostas. George Orwell. Os dias da Birmânia . Trad. Maria da Graç...

Harold Bloom

''O meu espírito abriu-se pelo ventre (...) Que não se confunda isto com imagens''; Artaud, ''Nouvelle lettre su...

''Estreei-me na literatura a escrever livros para dizer que não podia escrever absolutamente nada; tivesse eu qualquer coisa para di...

Olhar o rio feito de tempo e água E recordar que o tempo é outro rio, Saber que nos perdemos como o rio E que os rostos passam como a águ...

(...) Como pude perder essa precisa Ordem de humildes e queridas coisas, Inacessíveis hoje como as rosas Que deu ao primeiro Adão o Par...

Bem pouco ou nada sei de meus maiores Portugueses, os Borges: vaga gente Que prossegue em minha carne obscuramente, Seus hábitos, rigores...

A María Esther Vázquez Ninguém rebaixe a lágrima ou a censura Esta declaração da maestria De Deus, que com magnífica ironia, Me deu os l...

«O que se fez perfeito, o que está maduro - quer morrer!» dizes tu. Abençoada, abençoada seja a faca do podador! Mas tudo o que está ainda ...

''Não voaste alto bastante: agora as sepulturas gaguejam: « Libertai os mortos! Porque é que a noite é tão longa? Não nos embriaga o...

(Ou: A canção do Sim e Ámen) 1  Se sou profeta e cheio do espírito profético que vagueia sobre alta crista entre dois mares, - entre pass...

''escreve-se porque não se sabe o que se quer dizer, para experimentar sabê-lo'' Lyotard , Moralités postmodernes , Galil...

«Inexpressa e não-liberta me ficou a minha mais alta esperança! E morreram-me todas as visões e consolações da minha juventude! Como pude eu...

«Outro dia olhei pra os teus olhos, ó Vida! E pareceu-me que me afundava no insondável. Mas tu pescaste-me cá pra fora como um anzol de ouro...

«Por certo sou eu uma floresta e uma noite de árvores escuras: mas, quem não tiver medo da minha escuridão, encontrará também roseirais sob ...

«É esta a minha pobreza: nunca a minha mão descansar de dar; é esta a minha inveja: ver olhos à espera e as noites iluminadas de saudade. (...

«Voltais as costas? - Ó coração, já basta do teu fardo, Forte ficou a tua esperança: Conserva as portas abertas para novos amigos! Deixa...

“um verbo [que] anda [porque] é uma pessoa” Luiza Neto Jorge

Luís Miguel Nava (1989:58)  “o corpo [se] insinua, com as suas pulsões, o seu desejo, os seus espaços intersticiais onde o sentido é curtoc...

“A manhã começa a dispersar o poema na luz incontida / do mundo.”   ( Herberto Helder ,1996)

A respeito da poesia pode ainda dizer-se: - A lâmpada faz com que se veja a própria lâmpada. E também à volta.   Herberto Helder  , Phot...

« (...) bebo para me obrigar a pensar melhor, para ir ao âmago do que leio, porque o que leio, leio não por diversão, ou para matar o tempo,...

«(...) os inquisidores queimam livros em vão.» Bohumil Hrabal. Uma solidão ruidosa. Tradução de Bruno Gomide feita a partir da edição in...

Do crepúsculo do dia ao crepúsculo da noite, um leopardo, nos últimos anos do século XII, via umas tábuas de madeira, umas vigas verticais d...

«Teu coração que palpita A sangrar, esconde-o, louco! em escárnio e gelo!» F. Nietzche . Poemas . Antologia, Versão Portuguesa, Prefácio...

«Quem sofreu a perda amarga Que tu sofreste, não lhe param os passos cansados!» F. Nietzche . Poemas . Antologia, Versão Portuguesa, Pre...

Agora que o dia Se cansou do dia, e os arroios de toda a saudade Murmuram novo conforto, E todos os céus, pendentes de teias de aranha de...

«As nuvens estão muito perto de mim, - estou à espera do primeiro raio.» Poema: O pinheiro e o raio F. Nietzche . Poemas . Antologia...

Quem um dia há-de ter muito a proclamar, tem de calar muita coisa dentro de si. Quem um dia quiser acender um relâmpago, tem de por muito...

Todos os fatigados praguejam contra o Sol; O valor das árvores para eles é - sombra! F. Nietzche . Poemas . Antologia, Versão Portuguesa...

São-me odiosas as almas estreitas: De nada bom, quase de nada mau são feitas. F. Nietzche . Poemas . Antologia, Versão Portuguesa, Pref...

Nunca peças! Deixa essa lamúria! Toma - peço-te! - toma sempre! F. Nietzche . Poemas . Antologia, Versão Portuguesa, Prefácio e Notas de...

«Qual o melhor modo de subir a este monte?» Sobe sempre, e não penses nisso. F. Nietzche . Poemas . Antologia, Versão Portuguesa, Prefá...

Quando um machado derruba uma árvore, há cinzas que ficam espalhadas. Hoje são as minhas, amanhã serão as tuas Pai.

Diodoro Sículo refere a história de um deus despedaçado e disperso. Quem, ao andar pelo crepúsculo ou ao traçar uma data do seu passado, não...

«Porque no princípio da literatura está o mito, e também no fim.» Jorge Luís Borges . O fazedor . Trad. de Miguel Tamen. Difel, Lisboa., ...

Num corredor vi uma seta que indicava uma direcção e pensei que aquele símbolo inofensivo fora outrora uma coisa de ferro, um projéctil inev...

Num estábulo que está quase à sombra da nova igreja de pedra, um homem de olhos cinzentos e barba cinzenta, estendido entre o cheiro dos ani...

Onde estiveres, cava fundo! Lá em baixo é que está a fonte! Deixa gritar os homens escuros: «Sempre é lá baixo - o inferno!» F. Nietz...

Tortos andam os grandes homens e os rios, tortos, mas para o seu destino: é essa a sua melhor coragem, não têm medo dos caminhos tortos....

O poeta que é capaz de mentir ciente e voluntariamente, é o único que pode falar verdade. Fragmentos de Ditirambos Dionisíacos (Canções...

És frágil? Cautela com mãos de criança ? A criança não sabe viver sem quebrar qualquer coisa... Fragmentos de Ditirambos Dionisíacos...

«Mais que qualquer outro vidente viste coisas negras e [más: nenhum sábio atravessou ainda as delícias do inferno». Fragmentos de Diti...

Sou apenas um fazedor-de-palavras: que importam as palavras! que importo eu! Fragmentos de Ditirambos Dionisíacos (Canções de Zaratust...