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segunda-feira, 29 de agosto de 2016
«Fugimos dessas obras que não servem
para iluminar as nossas vidas, porque
grande é esse tormento da sofreguidão,
grande é essa pátria do pânico, do desnorteamento,
como é sabido que morrer não é o que mais gasta
nem o que melhor fala do desespero:
a paciência, disse João, é essa arte
de lavar a razão, não as mãos.»
João Vário in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 264
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«partiu o ódio que te extraiu os olhos às garfadas.
Não venho hoje para exéquias tardias.
As lamentações e as lágrimas guardam-se
para o culto da desistência: o património
da terra não aprova o uso da resignação.»
João Vário in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 263
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o bolor da terra
é sangue e trigo
Corsino Fortes in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 245
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Corsino Fortes in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 245
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domingo, 28 de agosto de 2016
(...)
«Longe,
o Sol morre numa lagoa de sangue...
Entristeço-me.
Meus sonhos tornaram-se em nada,
minhas ambições nunca passaram de planos,
meus enlevos de amor nunca passaram de ânsias.»
Manuel Ferreira in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 196
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«Estou mais perto de vós na minha solidão...»
Manuel Lopes in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 194
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- seios nus ensanguentados
Manuel Lopes in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 192
''aço a morder aço''
Manuel Lopes in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 191
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
«Carneirada, Cólera, Febre Amarela, Cheia de Santa Maria,»
Osvaldo Alcântara in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 187
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''Brancaflor''
Osvaldo Alcântara in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 180
Simplicidade
Eu queria ser simples naturalmente
sem o propósito de ser simples.
Saberia assim sofrer com mais calma
e rir com mais graça.
Saberia amar sem precipitações.
Os meus sonhos não meteriam esses rumos impossíveis
de terras mais além.
Bastar-me-ia a curta travessia no mar do canal
num dos nossos minúsculos veleiros
para ir conhecer a ilha defronte.
Não teria ambições de posse e grandezas.
Contentar-me-ia
com os insignificantes objectos que os pobres estimam
[ingenuamente:
algum canivete com argola para pendurar no cinto
que bem me serviria para picar na palma da mão
o tabaco para o cachimbo.
Ou talvez quisesse um relógio barato
desses que vinham do Japão antes da guerra.
Chegá-lo-ia ao ouvido do meu filho mais novo
só para lhe ver no rosto
a expressão de espanto e curiosidade.
E quando estivesse assentado à porta de casa
nas pesadas noutes de Verão
veria as horas no mostrador luminoso.
Eu queria ser simples
e a minha vida seria
sem egoísmos, sem ódios, sem inveja, sem remorsos.
A minha felicidade
não incomodaria ninguém
nem haveria impropérios nem blasfémias
nos meus momentos difíceis.
Seria sem gramática
a minha poesia,
feita toda de cor
ao som do violão
com palavras aprendidas na fala do povo.
Eu queria ser simples naturalmente
sem saber que existia a simplicidade.
Caderno de um ilhéu, 1956
Jorge Barbosa in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 173
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«Deslizas mansamente noite e dia»
José Lopes in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 149
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«Se queres, vem! e amortalhemos juntos
O cadáver de tantas ilusões...»
José Lopes in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 148
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«Beija-a com fúria o sol, dentes de fogo a comem.»
Eugénio Tavares in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 146
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«A Ilha, sobre o mar.»
Eugénio Tavares in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 145
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«A paz é, já, um crime;»
Eugénio Tavares in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 145
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segunda-feira, 22 de agosto de 2016
«Minha flor minha flor de querer-te»
Manuel Ferreira in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 134
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«Naquele ano a chuva choveu tanto
que a memória nunca mais teve sentido.»
Manuel Ferreira in 50 Poetas Africanos. Plátano Editora, 1ª Edição, Lisboa., p. 130
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