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sexta-feira, 21 de agosto de 2015
«Os loucos da casa exageram no volume de seus discos,
gritam para além dos sacos
de lixo, esbofeteiam-se, fun-
dam paralelos lares de com-
panheiros sós e felizes.
Telefonam-se a altas horas, marcam encontros impos-
síveis, roem-se tranquila-
mente as unhas.
Mas o mar os conhece como ninguém, embate contra
seus quadris, fica sereno, e
é a noite acampada à beira
das marés.
Entre esmagar conchas ou beijar um pescoço húmido de
suor, só a história fica des-
ses, vomitando nos lugares
públicos as públicas e de
pasta mulheres dos profis-
sionais livres: virginsíssimas.»
Mário Cláudio. Terra Sigillata. Edição & etc, Lisboa., p. 31
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«Passas, é o corredor demasiado estreito. Tocas-me o
peito de tuas mamas: mo-
mento do limão espremido,
sulcos acabados de rasgar.
O túnel, agora.»
Mário Cláudio. Terra Sigillata. Edição & etc, Lisboa., p. 24/5
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«Criança que era, descia às caves da casa, procurava
as lâminas, incindia com
elas a cana do nariz.
Retrocedia às escadas, erguia-se ensanguentada, tin-
gindo de si a maçaneta das
portas, o papel das pare-
des, as toalhas de linho.
Era a morte primeira, o lívido oásis da dor.»
Mário Cláudio. Terra Sigillata. Edição & etc, Lisboa., p. 20
as lâminas, incindia com
elas a cana do nariz.
Retrocedia às escadas, erguia-se ensanguentada, tin-
gindo de si a maçaneta das
portas, o papel das pare-
des, as toalhas de linho.
Era a morte primeira, o lívido oásis da dor.»
Mário Cláudio. Terra Sigillata. Edição & etc, Lisboa., p. 20
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«Nada se vende já na Rua dos Arménios, nem o medo.
Só alguns azulejos se compõem e descompõem, um
poeta nasce, o teatro arde
pela madrugada.»
Mário Cláudio. Terra Sigillata. Edição & etc, Lisboa., p. 15
Só alguns azulejos se compõem e descompõem, um
poeta nasce, o teatro arde
pela madrugada.»
Mário Cláudio. Terra Sigillata. Edição & etc, Lisboa., p. 15
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