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terça-feira, 31 de janeiro de 2017
“To think too much is a disease.”
Fyodor Dostoyevsky
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terça-feira, 12 de julho de 2011
Eu era assim.
«Mas sabem, senhores, qual era o ponto fulcral da minha maldade? Pois bem, a questão principal, o que verdadeiramente me doía assentava no facto de estar sempre, mesmo nos momentos mais viscerais, interna e envergonhadamente consciente de nem sequer ser um homem malévolo, muito menos amargo, de que me limitava a espantar pardais aleatoriamente e que me divertia com isso. Podiam espumar da boca, mas traziam-me uma boneca para brincar, davam-me uma chávena de chá com açúcar e era provável que conseguisse ser apaziguada. Podia até acontecer ficar genuinamente sensibilizado, embora depois, provavelmente, rangesse os dentes e ficasse durante meses acordado à noite com vergonha. Eu era assim.»
Fédor Dostoievski. Notas do Submundo. Trad. Rosário Morais da Silva. Publicações Europa-América, Lisboa, 2007., p. 8
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«Sou um homem doente...Sou um homem malévolo. Sou um homem repugnante. »
Fédor Dostoievski. Notas do Submundo. Trad. Rosário Morais da Silva. Publicações Europa-América, Lisboa, 2007., p. 7
Fédor Dostoievski. Notas do Submundo. Trad. Rosário Morais da Silva. Publicações Europa-América, Lisboa, 2007., p. 7
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