Mostrar mensagens com a etiqueta Alfred Wolfenstein. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Alfred Wolfenstein. Mostrar todas as mensagens
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
''Todos estão longe e sentem: solidão.''
Alfred Wolfenstein
Etiquetas:
Alfred Wolfenstein,
verso solto
domingo, 20 de dezembro de 2015
Citadinos
Como os buracos de um crivo, apertadas,
As filas de janelas; empurrando-se,
As casas tocam-se de perto, erguendo-se
Pardas e inchadas como estrangulados.
Engalfinhadas umas nas outras vejo
No carro eléctrico as duas fachadas
De gente, descarregando olhares, caladas,
E cresce o emaranhado do desejo.
As paredes são finas como a pele,
Todos me ouvem quando choro, ou então
É como um berro a conversa ciciada:
Emudecidos, em caverna fechada,
Sem ninguém que lhes toque, olhe para eles,
Todos estão longe e sentem: solidão.
em A Alma e o Caos - 100 poemas expressionistas, selecção, tradução, introdução e notas de João Barrento, Lisboa: Relógio D' Água, 2001, p. 53.
Como os buracos de um crivo, apertadas,
As filas de janelas; empurrando-se,
As casas tocam-se de perto, erguendo-se
Pardas e inchadas como estrangulados.
Engalfinhadas umas nas outras vejo
No carro eléctrico as duas fachadas
De gente, descarregando olhares, caladas,
E cresce o emaranhado do desejo.
As paredes são finas como a pele,
Todos me ouvem quando choro, ou então
É como um berro a conversa ciciada:
Emudecidos, em caverna fechada,
Sem ninguém que lhes toque, olhe para eles,
Todos estão longe e sentem: solidão.
em A Alma e o Caos - 100 poemas expressionistas, selecção, tradução, introdução e notas de João Barrento, Lisboa: Relógio D' Água, 2001, p. 53.
Etiquetas:
Alfred Wolfenstein,
poesia
Subscrever:
Mensagens (Atom)