«Por vezes, os loucos vinham às janelas do refeitório que davam para a rua berrar e alvoraçar a vizinhança, mas principalmente dentro deles próprios é que o horror continuava. Ocupavam-se pessoalmente desse horror e preservavam-no contra os nossos cometimentos terapêuticos. Apaixonava-os, essa resistência.»
Louis-Ferdinand Céline. Viagem ao Fim da Noite. Tradução, apresentação e notas Aníbal Fernandes, Edição Babel, 2010, Lisboa p. 379