domingo, 4 de novembro de 2012

 
«Num ser humano, ela coloca essa dureza na personalidade, na consciência, na responsabilidade que ele sente por ser parte da alma universal. Se uma pessoa perde essa noção, perde-se a si mesma. E quando um ser humano se perdeu a si mesmo, renunciou a si, perdeu também aquela coisa especial, singular, para qual a Natureza o criou como ser humano. E em nenhum outro caso como neste poderíamos estar tão seguros de que estamos a lidar com algo inútil, com uma forma vazia, algo há muito abandonado pela alma universal.»
 
 
 
Robert Musil. O Jovem Törless. Edição «Livros do Brasil» Lisboa, 1987., p. 93
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