«- O burro não pode entrar, senhor.
-O burro? Que burro? - digo-lhe, olhando para mais além de Platero, esquecido, naturalmente, da sua forma animal.
-Que burro há-de ser, senhor, que burro há-de ser...!
Então, já na realidade, uma vez que Platero '' não pode entrar'', por ser burro, eu, por ser homem, não quero entrar, e vou-me com ele outra vez embora contornando as grades, fazendo-lhe festas e falando-lhe doutra coisa...»
Juan Ramón Jiménez. Platero E Eu. Tradução de Luís Lima Barreto. Edições Cotovia, Lisboa, 2007, p.107/108
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