«O poeta goza do incomparável privilégio de poder à sua vontade ser ele próprio ou outra pessoa. Como as almas errantes que procuram um corpo, insere-se, quando lhe apraz, na personagem de cada um. Para ele só, tudo está de vago; e se certos lugares parecem estar-lhe vedados, é que a seus olhos não valem a pena visitar-se.»
Charles Baudelaire. O Spleen de Paris. Pequenos poemas em prosa. Tradução de António Pinheiro Guimarães. Relógio D'Água, Lisboa, 1991.,p.35
Sem comentários:
Enviar um comentário