«Cheirando aqui um provável rasto, furando além por uma brenha, por muito breve que fairasse, por mais subtil que andasse, giestas, urgueiras, pinheiros novos sacudiam-lhe o rocio para o focinho, brincadeira dispensável. Cuidadoso e lesto era o seu caçar, tão cuidadoso e lesto que não chegava a acordar o chão em que punha o pé, mas lá de descobrir láparo embezerrado no meio dum tojo, rã a coaxar no charco, besouro, que fosse, a tocar o rabecão, andava com tão pouca sorte que nem que a tivessem enguiçado olhos de feiticeira.»
Aquilino Ribeiro. Romance da Raposa. Ilustrações de Benjamim Rabier.21ª edição. Bertrand Editora. Lisboa, 1961. p. 18/9
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