em tempo de narcisos ( que sabem
o sentido da vida é crescer)
esquecendo porquê, recorda como
em tempo de lilases que proclamam
o desígnio da vigília é sonhar,
recorda assim (esquecendo parece)
em tempo de rosas (que assombram
o nosso agora e aqui com o paraíso)
esquecendo se, recorda sim
em tempo de todas as doçuras para além
do que quer que a mente possa entender,
recorda busca (esquecendo acha)
e num mistério a haver
(quando o tempo do tempo nos livrar)
esquecendo-me, recorda-me
e.e. cummings. XIX poemas. Edição bilingue. Selecção, tradução e notas Jorge Fazenda Lourenço. Assírio & Alvim, 1991, p.65
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Boas festas , Beatriz , feliz Natal !!!!
ResponderEliminarObrigada,
ResponderEliminardesejo-lhe o mesmo.
Espero que tenha um encontro em família.