«A morte, cujo relógio feito de flores campestres, relógio belo como a minha pedra sepulcral erguida ao alto, voltará a andar, na ponta dos pés, para cantar as horas que não passam. Porque é a vez de uma mulher e de um homem, que até ao fim dos séculos serão, fatalmente, tu e eu, perpassarem, sem uma única vez se virarem para trás, no seio da oblíqua claridade, até perder de vista, até aos confins da vida e do esquecimento da vida, por entre a erva fina que à nossa frente corre para a arborescência.»
André Breton. O Amor Louco. Trad. de Luiza Neto Jorge. Editorial Estampa, 1971., p. 110.
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