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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A Arthur Rimbaud

Mortal, anjo e demónio, ou seja, Rimbaud,
Mereces o primeiro lugar no meu livro,
Apesar do boçal escriba que te chamou
Ébrio liceal, devasso imberbe, monstro a abrir.

Fumo em espirais de incenso, acordes de alaúde
Alegram-se ao entrares no templo da memória
E o teu nome radioso cantará na glória,
Porque tu amaste como foi preciso, em tudo.

Mulheres verão em ti um jovem muito forte,
Belo, de uma beleza rústica e perversa,
Desejável, com a tua indolência atrevida!

E a história esculpiu-te ao triunfares da morte
Fruindo até aos puros excessos da vida,
Com os teus brancos pés na cabeça da Inveja!

(DEDICÁCIAS)




Paul Verlaine. Poemas Saturianos e Outros. Tradução, prefácio, cronologia e notas de Fernando Pinto Amaral. Assírio&Alvim ., p. 175
«Trabalho de árduas noites, de onde então se eleva
A Obra, devagar, como um sol matinal!»



Paul Verlaine. Poemas Saturianos e Outros. Tradução, prefácio, cronologia e notas de Fernando Pinto Amaral. Assírio&Alvim ., p. 147

«Raiando o céu cinzento com asas de lume, »



Paul Verlaine. Poemas Saturianos e Outros. Tradução, prefácio, cronologia e notas de Fernando Pinto Amaral. Assírio&Alvim ., p. 143

domingo, 4 de setembro de 2011

IV Voto

Ah! primeiras amantes! oaristos!, dourados
Cabelos, o azul dos olhos, carne em flor
De corpos juvenis, e entre o seu odor
As carícias a medo e com espontaneidade!

Ficaram já distantes essas alegrias
E todas as canduras! Rumo à Primavera
Dos remorsos fugiram os negros Invernos
Das minhas dores, dos meus cansaços e agonias!

E eis-me aqui, agora, só e abatido,
Desesperado e mais frio que os avós mais antigos,
Tão pobre como um órfão sem irmã crescida.

Ó mulher de amor meigo e tão reconfortante,
Suave e pensativa, que nunca se espanta
E nos beija na testa, como uma criança!



Paul Verlaine. Poemas Saturianos e Outros. Tradução, prefácio, cronologia e notas de Fernando Pinto Amaral. Assírio&Alvim ., p. 57

beijei-lhe a mão branca

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