«CROFTS
[Lívido.] O diabo que te carregue!
VIVIE
Não é preciso, já me sinto num inferno.»
コカインの時間を介しての旅です
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 95
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 27
« Aguentei, por civismo, até ao terceiro dia, depois, informei-os de que não estava para aturar aquilo e fui para Chancery Lane.»
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 20Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 15
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 15
Bernard Shaw. A profissão da Sra. Warren. Tradução de Guilherme Mendonça. Campo das Letras. 1ª Edição Maio de 2003., p. 13
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho o meu emprego
Também não me importei.
Agora estão-me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
(Atribuído a Bertolt Brecht)
Caetano José da Silva Souto-Maior
in Natália Correia. Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica.p. 231
Frei António das Chagas
in Natália Correia. Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica.p. 209
Frei António das Chagas
in Natália Correia. Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica.p. 203
Afonso Álvares
in Natália Correia. Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica.p. 167« Em dada altura, pareceu-me eminentemente oportuno lançar no charco do despotismo salazarista a pedrada de um estudo dedicado ao erotismo e sátira fescenina, ilustrando antologicamente. O resultado foi uma cómica condenação que, do alto do Plenário, pretendia avassalar-me, mas que proporcionou jocosa oportunidade de dar razão a Nietzsche, quando ele compara os juízes com camelos.»
Natália Correia. Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica.
Tristeza não tem fim
Felicidade sim...
A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar.
A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei, ou de pirata, ou jardineira
E tudo se acabar na quarta-feira.
Tristeza não tem fim
Felicidade sim...
A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor.
A minha felicidade está sonhando
Nos olhos de minha namorada
É como esta noite
Passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo por favor...
Pra que ela acorde alegre como o dia
Oferecendo beijos de amor.
Tristeza não tem fim
Felicidade sim...
«BILLING: Mas então não poderá participar nas eleições para o novo Intendente.
CAPITÃO HORSTER: Vai haver novas eleições?
BILLING: Não sabia?
CAPITÃO HORSTER: Não. Não me meto nessas coisas.
BILLING: Mas o Sr. preocupa-se com as questões públicas, ou não?
CAPITÃO HORSTER: Não, não entendo nada disso.
BILLING: Ainda assim, é preciso votar, ao menos.
CAPITÃO HORSTER: Mesmo aqueles que não entendem nada do que se trata?
BILLING: Não entendem? O que quer dizer com isso? A sociedade é como um navio; todos devem segurar o leme.
CAPITÃO HORSTER: É possível que isso funcione em em terra firme. A bordo, o resultado não seria bom.
HOVSTAD: É estranho como tantos marítimos se importam tão pouco com as questões do país.
BILLING: Muito estranho.»
Henrik Ibsen. Um inimigo do povo. Peças Escolhidas. Volume 3. 1ª Edição, Outubro, 2008., p. 24
« O INTENDENTE: Pelo menos, tens uma tendência permanente para seguires pelos teus próprios caminhos. E, numa sociedade bem organizada, isso é inadmissível. Cabe ao indivíduo submeter-se ao todo, ou, melhor dizendo, submeter-se às autoridades que têm por missão assegurar o bem comum.»
Henrik Ibsen. Um inimigo do povo. Peças Escolhidas. Volume 3. 1ª Edição, Outubro, 2008., p. 22
BISALHÃES - A aldeia do barro preto.
“Pensar, pensamos todos. Não só os humanos mas, segundo os antropólogos, todos os seres viventes. Pensar é ser um eco do que o Cosmos tem para nos dizer. É saber o que somos como tempo passado, como História; termos uma imagem mais ou menos objectiva do nosso percurso — o que é absolutamente inviável, mas uma pretensão como outra qualquer. Pensar é um diálogo que temos connosco próprios. E é sempre qualquer coisa que acontece em função de um espectador possível, mesmo que não tenhamos pensado ou escrito com o propósito de ter uma escuta, como acontece com estas notas [o livro “Da Pintura”, ed. Gradiva, 2017].”
«As melhores coisas, e as mais significativas, que Ibsen nos deu são o impulso no sentido da verdade num tempo artisticamente inverdadeiro; o impulso no sentido da seriedade num tempo artisticamente superficial; o deleite da agitação num tempo de estagnação; e a coragem de agarrar o que quer que contenha em si qualquer coisa de humano, onde quer que cresça.»
Alfred Kerr
«Traduzido por miúdos: daquelas mesmas pessoas que se proclamam mais avançadas (em política, em religião, em costumes) é que tenho ouvido as censuras mais ásperas à Antologia. Percebe-se: cautelosos por espírito de conservação, ficam cheios de raiva perante qualquer gesto mais ousado. Confirma-se [...] quanto mais progressistas, mais sacripantas em questões que bulam o sexo.» Luiz Pacheco
in Natália Correia. Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica.
Natália Correia tirou, com O Homúnculo, o sono ao dita-
dor. Foi uma das obras contra si que mais o perturbaram.
A energia, a escrita, a profundidade, a irreverência da
autora impressionaram-no profundamente.
Quando a PIDE lhe foi comunicar a prisão da poetisa
e a apreensão da obra, respondeu: «Retirem o livro, sim,
mas não toquem nela. É uma mulher muito, muitíssimo
inteligente.
Fernando Dacosta
Natália Correia. Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica