«(...) o sangue protestava insatisfeito, quanto mais cansados mais apetecia.»
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 306
コカインの時間を介しての旅です
Thomas Mann. O eleito. Publicações Europa-América. 1972., p. 10
Quando você for convidado pra subir no adro da fundação
Casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos, quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
Se você for a festa do pelô, e se você não for
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
E na TV se você vir um deputado em pânico
Mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino do primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção
Da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo
Do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 306
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 248
«Eu tenho um sonho de que os meus quatro filhos vivam um dia numa nação na qual não sejam julgados pela cor da sua pele mas pela verdade da sua personalidade.»
Martin Luther King. Eu Tenho um Sonho. Proferido em Washington DC, a 28 de Agosto de 1963
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p. 160
Dolores Ibárruri. Não Passarão! Proferido na rádio, a 18 de Julho de 1936
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p. 140
Mahatma Gandhi. «Abandonem a Índia». Excertos do discurso proferido em Bombaim, ao Comité Unificado do Congresso Indiano, a 8 de Agosto de 1942
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p. 131« A amarra do escravo é quebrada no momento em que ele se considera a si mesmo um ser livre.»
Mahatma Gandhi. «Abandonem a Índia». Excertos do discurso proferido em Bombaim, ao Comité Unificado do Congresso Indiano, a 8 de Agosto de 1942
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p. 130Franklin D. Roosevelt
Discurso da Tomada de Posse, proferido em Washington DC, a 4 de Março de 1933
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p. 120Franklin D. Roosevelt
Discurso da Tomada de Posse, proferido em Washington DC, a 4 de Março de 1933
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p. 118«Os capitalistas chamam liberdade de imprensa à liberdade dos ricos subornarem a imprensa, à liberdade de utilizar a riqueza para fabricar e falsificar a dita opinião pública. Os defensores da «democracia pura» não são mais, de facto, do que defensores do mais sujo e corrupto sistema de domínio dos ricos sobre os meios de educação das massas, e revelam-se também impostores que enganam o povo e que, com bonitas frases, grandiloquentes e mentirosas até à medula, o desviam da concreta tarefa histórica de libertar a imprensa da sua subjugação ao capital.»
Lenine. Pela Ditadura do Proletariado.
Proferido em Moscovo no I Congresso da III Internacional a 4 de Março de 1919
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p. 113Lenine. Pela Ditadura do Proletariado.
Proferido em Moscovo no I Congresso da III Internacional a 4 de Março de 1919
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p. 111« Não queirais julgar, para que não sejais julgados. Pois com o juízo com que julgardes, sereis julgados: e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós.»
Jesus de Nazaré. Sermão da Montanha.
Excerto Segundo São Mateus
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p. 67
Jesus de Nazaré. Sermão da Montanha.
Excerto Segundo São Mateus
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p 63
« Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.»
«Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão Deus.»
Jesus de Nazaré. Sermão da Montanha.
Excerto Segundo São Mateus
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p 562
Péricles. Oração fúnebre
Proferido em Atenas, durante a Guerra do Peloponeso, 430 a.C.
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p 30
«Possuímos o poder peculiar de pensar antes de agir, e reflectimos durante a acção, enquanto outros homens são corajosos através da ignorância, mas hesitam ao reflectirem.»
Péricles. Oração fúnebre
Proferido em Atenas, durante a Guerra do Peloponeso, 430 a.C.
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p 27
«(...); ou se eles fingirem serem alguém quando não são nada - neste caso reprovem-nos, como eu vos reprovei, por não se importarem com o que se deveriam importar, e por pensarem que são alguém quando na realidade nada são.»
Platão. Apologia de Sócrates
Excerto da defesa apresentada por Sócrates no seu julgamento em Atenas, a 399 a.CHenrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p 21
« Se achais que basta matar um homem para impedir que censurem a vossa forma errada de viver, estais enganados; não é essa a maneira honrada ou possível de escapar; a mais fácil e nobre maneira não é esmagar outros, mas sim aperfeiçoar-vos.»
Platão. Apologia de Sócrates
Excerto da defesa apresentada por Sócrates no seu julgamento em Atenas, a 399 a.C
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p 18
« A hora de partida chegou, e é tempo de seguirmos aos nossos caminhos - eu para morrer, vós para viver. Qual desses é o melhor destino? Só Deus pode, com clareza, sabê-lo.»
Henrique Monteiro. Grandes Discursos da História. Guerra e Paz, Editores, 2017., p 15.
«(...), que a nossa fome é uma fome limpa, e os cardos que temos de ripar, ripam-nos as nossas mãos, que mesmo quando estão sujas, limpas são, não há mãos mais limpas que as nossas,»
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 238
«, Minha mãe, se não me casar irei deitar-me sobre os fetos da fonte do Amieiro ou no meio duma seara e ali esperarei por Manuel Espada para que ele venha romper este meu corpo, e depois levantarei o meu vestido e na ribeira me lavarei, sangue de mim que irá correndo até não se saber onde está, mas sabendo eu quem sou.»
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 228
«Cansamo-nos a trabalhar de noite e de dia, quando há trabalho, e não aliviamos o nosso castigo na vida faminta, cavo uns bocaditos de terra quando mos dão para cultivar, e até altas horas, e agora é um geral desemprego, o que eu queria era saber porque são estas coisas assim e se vai ser assim até morrermos todos, não há justiça se uns têm tudo e os outros nada, e eu só queria dizer que os camaradas podem contar comigo, é só isto e nada mais.»
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 225
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 211
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 197
José Saramago. levantado do chão. 20ª Edição. p. 195
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 311
« Então o luar batendo nos lanços dos seus muros, dava um reflexo de luz suavíssima, mais rica da saudade que os próprios raios daquele planeta guardador dos segredos de tantas almas, que só nele crêem que exista alguma inteligência que as perceba.»
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 303Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 296
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 290
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 289
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 262
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 259
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 246
« - Em verdade - replicou João de Sá - ; porque ouviste falar em Maria, crestes logo que era a Virgem; porque viste meia dúzia de demónios pintados pelas paredes com muitos braços e grandes dentes, tiveste-los em conta de santos; a uma pouca de água sem sal chamaste água benta, e um pouco de barro, que vos deram para pôr na testa, tomaste-o por cinza de defuntos ! Eu serei sandeu, mas certo que há aí quem o seja mais do que eu o sou.»
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 244Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 230
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 230
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 229
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 226
« Soldados, as vossas cabeças cairão se tiverem orelhas para ouvirem promessas de sua reverência; as vossas mãos serão decepadas, se as folhas das árvores sentirem, por essa estrada, tinir o seu ouro dentro de vossas manoplas.
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 224
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 217
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 215
«As ruas estavam ermas; porque era a hora, em que costumamos, nós os Portugueses, repousar depois de comer: costume santo, que nossos avós guardavam à risca, e de que já hoje alguém se envergonha, porque meia dúzia de franchinotes literários, franceses e ingleses, tiraram daí argumento para nos tacharem de preguiçosos; (...)»
Alexandre Herculano. Obras Completas. Lendas e Narrativas. Tomo II. Livraria Bertrand. 2ª Edição, 1974., p. 213