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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A leste das montanhas, recordando meus irmãos

Solitário, estranho em terra estranha,
      em dia de festa, mais viva a saudade dos meus.
Eu sei, lá longe, meus irmãos subindo ao alto,
      levando, cada um, um ramo de abrunheiro.



Clássicos Chineses. Poemas de Wang Wei. Tradução, prefácio e notas de António Graça de Abreu. Instituto Cultural de Macau, 1993, p. 34

Inscrição jovial numa pedra

Os seixos bonitos na nascente cristalina,
         um ramo de salgueiro pincelando,
ao de leve, a minha taça de vinho.
        Se o vento da Primavera
ignora o sentir de um coração
        porque sopra para mim as pétalas da flor?




Clássicos Chineses. Poemas de Wang Wei. Tradução, prefácio e notas de António Graça de Abreu. Instituto Cultural de Macau, 1993, p. 31

' (...) após contemplar um quadro de Wang Wei, Su Dongbo escreve:'

'' Ele ultrapassou todos os limites, tem as asas de um imortal que paira por cima da gaiola.[...] Olhei um dos quadros, longamente. Retirei-me em silêncio, incapaz de pronunciar uma palavra.''

Su Dongbo in Clássicos Chineses. Poemas de Wang Wei. Tradução, prefácio e notas de António Graça de Abreu. Instituto Cultural de Macau, 1993, p. 23
(...)

Eis aqui o lago Longting,
         mais além a trança prateada de um ribeiro.
O vento suspira na copa das árvores,
         as nuvens amontoam-se num tropel.
Será que o pescador, remando solitário,
        Vai encontrar abrigo, antes de anoitecer?



Du Fu in Clássicos Chineses. Poemas de Wang Wei. Tradução, prefácio e notas de António Graça de Abreu. Instituto Cultural de Macau, 1993, p. 22

Ervas sobre a planície antiga: uma canção de despedida

Aqui e ali, surgem ervas na planície,
Em cada ano morrem e renascem.
Fogos selvagens queimam-nas, não as matam,
Com o vento primaveril, ei-las outra vez!
A fragrância, longínqua, perfuma a via antiga:
Um feixe de esmeraldas nas velhas ruínas.
É tempo, outra vez, de dizermos adeus,
E do senhor que parte se despedem elas.

Bai Juyi
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