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domingo, 11 de maio de 2025

«Debruçada no topo do dique, fitando a corrente, dei-me conta de que, apesar de todos perigos, tudo o que está em movimento é sempre melhor do que aquilo que está em repouso, que a mudança é mais nobre do que a estabilidade, que tudo o que estagna acabará sofrer decomposição, degeneração e transformar-se-á em pó, enquanto aquilo que está em movimento consegue durar eternamente.»

Olga Tokarczuk. Viagens. Tradução Teresa Fernandes Swiatkiewicz. 1ª edição, 2019, Cavalo de Ferro., p. 9

redemoinhos

 «Em alguns lugares perto das margens, embaraçava-se em obstáculos submersos e, à tona da água, surgiam então redemoinhos.» 

Olga Tokarczuk. Viagens. Tradução Teresa Fernandes Swiatkiewicz. 1ª edição, 2019, Cavalo de Ferro., p. 8

 «Queria sair, mas não tenho por onde ir. Somente a minha presença adquire agora contornos bem definidos, contornos que estremecem, ondulam, e isso dói. E, subitamente, descubro a verdade: não há nada a fazer - existo.»

Olga Tokarczuk. Viagens. Tradução Teresa Fernandes Swiatkiewicz. 1ª edição, 2019, Cavalo de Ferro., p. 7

 « (...) Pela janela vejo o pátio vazio. A escuridão desce suavemente do céu, cobrindo tudo como orvalho negro.
 O mais difícil de suportar é a ausência de movimento, densa e visível: o crepúsculo frio e a ténue luz das lâmpadas de vapor de sódio, que mergulha na escuridão a um metro da sua origem.
 Nada acontece. A marcha da escuridão detém-se junto à porta de casa e todo o burburinho do escurecimento se silencia, criando uma camada espessa como a nata do leite fervido a arrefecer. Tenho um céu como pano de fundo, os contornos dos edifícios estendem-se no infinito e perdem lentamente os rebordos, arestas e cantos angulosos. A luz evanescente leva consigo o ar que se torna irrespirável. A escuridão embrenha-se agora na minha pele.»

Olga Tokarczuk. Viagens. Tradução Teresa Fernandes Swiatkiewicz. 1ª edição, 2019, Cavalo de Ferro., p. 7

domingo, 2 de março de 2025

 1.

E, AGORA, TENDE CUIDADO!


Certa vez, tendo escolhido um Caminho perigoso,
       um homem justo caminhou com Humildade
                                              pelo Vale da Morte.


Olga Tokarczuk. Conduz o teu arado sobre os ossos dos mortos. Tradução do polaco Teresa Fernandes Swiatkiewicz. Edição Cavalo de Ferro. 1ª Edição, 2019., p. 5

sábado, 28 de dezembro de 2019

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

A verdade é terrível: descrever é destruir.

Olga Tokarczuk
«A psique humana evoluiu para se defender contra a visão da verdade. Para nos impedir de avistar o mecanismo. A psique é o nosso sistema de defesa – ela se certifica de que nunca entenderemos o que está acontecendo à nossa volta. Sua principal tarefa é filtrar informações, mesmo que a capacidade de nosso cérebro seja enorme. Pois seria impossível carregarmos o peso desse conhecimento. Porque cada minúscula partícula do mundo é feita de sofrimento.»

Olga Tokarczuk
"Conduz o Teu Arado sobre os Ossos dos Mortos"

 Olga Tokarczuk
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