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sexta-feira, 18 de abril de 2014

CORO DOS VELHOS

   Obrigado pelo obséquio. Roeu-me de tal forma o olho que me deixou nele um poço. Não posso deixar de verter torrentes de lágrimas.


Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 95
CORO DOS VELHOS

   Não há nada mais teimoso do que as mulheres. Nem o lume nem as panteras são mais indomáveis do que elas.

Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 116
CINÉSIAS

    Até me parece mais nova e mais bonita. Mas a dureza e a indiferença dela matam-me o desejo que sinto.


Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 95
CINÉSIAS

   É preciso andar depressa! A minha vida tem sido uma tristeza desde que Mírrina saiu de casa. Cada vez que lá entro, dá-me para chorar. Tudo parece vazio, foi-se-me a vontade de comer. Só que tenho é tesão!

Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 93
LISÍSTRATA

  A ti cabe atear lume ao desejo, virá-lo e revirá-lo, atiçá-lo, oferecer-te e recusar-te, dando-lhe tudo excepto o vaso das flores.


Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 90

quarta-feira, 16 de abril de 2014

«Não é por ser mulher que não sou digna de apresentar propostas mais sensatas do que as dos homens que nos governam. Além do mais, pago a minha dízima, pago-a sempre que dou filhos à luz.»


Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 70

«tratei sempre a espada oculta num ramalhete de mirto.»

Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 70

Lisímaco

nome próprio: significa etimologicamente «aquele que põe fim à guerra.»


Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 64
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* As ortigas tomadas como símbolo do ardor sexual, pois tinham fama de afrodisíacas.


Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 64
CORO DAS VELHAS

  Aqui me tens, anda cá bater-me! Mas podes ter a certeza de que nenhuma puta te tornará a fazer festas nos colhões!


Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 47

«Nenhum homem aprecia o prazer se a mulher não o sentir também.»


Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 30
LISÍSTRATA

  Teríamos de nos limitar, como diz Ferécrates, a esfolar o perro esfolado*.

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* Mais uma alusão obscena, desta vez ao prazer solitário, único recurso das mulheres sem homem.

Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 30
LISÍSTRATA

Tu, sim, tu sabes ser mulher.


Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 29
CLEONICE

E que bem mondada!. Nem um fiozinho de erva se lhe vê!


Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 22
LISÍSTRATA

«(...) ...Irrita-me ver a maneira como as mulheres se comportam. Os homens têm boas razões para pensarem o pior de nós.»


Aristófanes. Lisístrata. Tradução de Manuel João Gomes. Ilustrações de Aubrey Beardsley. Círculo de Leitores, 1985., p. 12
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