«Algo da imaterialidade do livro electrónico contagiará o seu conteúdo, como essa literatura tresmalhada, sem ordem nem sintaxe, feita de apócopes e calão, por vezes indecifrável, que determina o mundo dos blogues, do Twitter, do Facebook e restantes sistemas de comunicação através da Rede, como se os seus autores, ao usar esse simulacro que é a ordem digital para se expressarem, se sentisse libertos de toda a exigência formal e autorizados a atropelar a gramática, a sinérese e os princípios mais elementares da correcção linguística.»
Mario Vargas Llosa. A civilização do Espectáculo. Tradução de Cristina Rodriguez e Artur Guerra. 2.ª Edição. Quetzal. 2012., p. 199
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