domingo, 16 de maio de 2021

'' sA — O que é que nunca aprendemos de verdade, ou pelo contrário, aprendemos demasiado bem, no que concerne aos valores da Pólis? Com essa predestinação dos Gregos e da cultura helénica, com a qual tem mantido, mais do que um diálogo íntimo e continuado, um autêntico enamoramento?

HC — A grande perda com o fim da Grécia foi essa perda da diversidade de onde provinham o horror e a alegria, a dança e o flagelo, a liberdade e a superstição, a arrogância e o controlo da arrogância, a música e a fala, o espaço inteiro cheio de narrativas num constante devir. Perdeu-se, está perdido. E, no entanto, ainda amo essa Grécia, sem luto e sem distância. Ainda a tenho como Conselheira e Mestre. Vou lá todos os dias tal como os emigrantes voltam, no Verão, a casa.''


Entrevista aqui.

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