''A ameaça hoje não é a passividade, mas a pseudo-actividade, a premência de «sermos activos», de «participarmos», de mascararmos o nada do que se move. As pessoas intervêm a todo o momento, estão sempre a «fazer alguma coisa»; os universitários participam em debates sem sentido, e assim por diante. O que é verdadeiramente difícil é darmos um passo atrás, abstermo-nos. Os que estão no poder preferem muitas vezes até mesmo uma participação crítica, um diálogo, ao silêncio: implicar-nos no «diálogo», de modo a assegurarem-se de que a nossa ameaçadora passividade foi quebrada. (…) Por vezes, não fazer nada é a coisa mais violenta que temos a fazer.''
Slavoj Žižek, Violência
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