«A alternativa está no combate permanente por slow science; pelo direito ao ócio, indispensável para a criatividade; pelo direito ao tempo para o cuidado de si e dos afetos. A alternativa passa por uma ética do cuidado – proposta por Carol Gilligan, na década de 1980 – também no espaço de trabalho, na construção coletiva e solidária do conhecimento; na solidariedade humana, no regresso ao tempo com tempo para ter conversas “inúteis”, para o riso e para o choro – como defende Daphna Hacker –, manifestações humanas expressas na materialidade dos corpos. Só a opção por um tempo lento do conhecimento poderá devolver o humano à academia.»
Adriana Bebiano in ACADEMIA E ÉTICA DO CUIDADO.Coordenador José Reis livro: PALAVRAS PARA LÁ DA PANDEMIA: CEM LADOS DE UMA CRISE. Editor Centro de Estudos Sociais Universidade de Coimbra. Julho, 2020
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