«Sempre leu muito, mas nunca exibiu nem livros nem leituras. Publicou um ou dois de poesia. Cada vez mais só e com os mesmos problemas de sempre, continua a procurar palavras que não obscureçam o mundo. Sabe que as palavras, como os gestos, são eleições e que quem ama outrém tenta falar-lhe tão naturalmente quando lhe é possível. Às vezes, em jeito de desabafo, diz que lhe dói essa gente que, por nada sentir, de tudo tenta fazer uma arena ou um circo.»
Inimigo Rumor. Carlos Bessa. Livros Cotovia., p. 73
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