«Trazia consigo a graça /das fontes quando anoitece./ Era um corpo como um rio/ em
sereno desafio/ com as margens quando desce.//Andava como quem passa/ sem ter tempo
de parar./ Ervas nasciam dos passos,/cresciam troncos dos braços/quando os erguia no ar.//
Sorria como quem dança./E desfolhava ao dançar/o corpo, que lhe tremia/num ritmo que
ele sabia/que os deuses devem usar.//E seguia o seu caminho,/porque era um deus que
passava./Alheio a tudo o que via,/enleado na melodia duma flauta que tocava»
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