''A realidade efectiva de um povo é aquela que ele é como actor do que chamamos “história”.
Mas o conhecimento – em princípio impossível ou inesgotável – da realidade de um povo
enquanto autoconhecimento do seu percurso, tal como a historiografia se propõe decifrá-lo,
não cria nem pode criar o sentido desse percurso. Não é a pluralidade das vicissitudes de um
povo através dos séculos que dá um sentido à sua marcha e fornece um conteúdo à imagem que ele tem de si mesmo. A história chega tarde para dar sentido à vida de um povo. Só o pode
recapitular.''
EL, “Portugal como destino – dramaturgia cultural portuguesa” in Portugal como Destino seguido de Mitologia da Saudade, Lisboa, Gradiva, 1999, p.10
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