''É tentador assimilar o destino de um povo ao do indivíduo, com o seu nascimento, a sua
adolescência, maturidade e declínio. A analogia organicista é, naturalmente falaciosa. Nem a
povos ou civilizações extintos o paradigma humano se aplica. […] o tempo dessa história não
é, como dos indivíduos, percebido ao mesmo tempo como finito e irreversível. O tempo de um
povo é trans-histórico na própria medida em que é “historicidade”, jogo imprevisível com os
tempos diversos em que o seu destino se espelhou até ao presente e que o futuro reorganizará
de maneira misteriosa. ''
EL, “Portugal como destino – dramaturgia cultural portuguesa” in Portugal como Destino seguido de
Mitologia da Saudade, Lisboa, Gradiva, 1999, p.9
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