domingo, 26 de agosto de 2018

 «Tornou-se lendário o romance que terá envolvido Maria Severa Onofriana (1820-1846), que dirigia uma taberna com sua mãe, Ana Gertrudes Severa, uma célebre prostituta da Mouraria conhecida pelo sobrenome de ‘Barbuda’, onde se cantava o Fado, e o Conde de Vimioso, que a levaria pontualmente a cantar em salões de titulares.

Nasceria desta forma o mito da Severa, uma prostituta que por tanto amar e sofrer, morreu nova. Teria sido este o seu destino, o seu Fado: morrer de e por amor : “ (...) Chorai, fadistas, chorai, que a Severa já morreu: e fadista como ela nunca no mundo apareceu(...) Chorai, fadistas, chorai, que a Severa se finou. O gosto que tinha o Fado, tudo com ela acabou”.»

NERY,Rui Vieira, Para uma História do Fado, 1ª edição, Lisboa, Público, Comunicação Social, S.A, e Corda Seca, Edições de Arte, S.A, Outubro de 2004, pp.64-66.

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